Dentro de sua estratégia de reduzir a alavancagem, a Ânima fechou a venda de sua carteira de crédito estudantil com dez mil contratos à Pravaler, maior gestora de crédito universitário do país, por R$ 55 milhões.

Neste ano, essa é a terceira aquisição feita pela empresa que já investiu R$ 143 milhões nessas operações. Além da Ânima, a gestora comprou as carteiras de financiamento estudantil da Ser Educacional e do centro universitário Uninta.

No total, a empresa tem 20 mil financiamentos estudantis adquiridos de instituições de ensino, cujas carteiras devem gerar um faturamento de R$ 260 milhões em 2028. Atualmente, a gestora tem receita de cerca de R$ 300 milhões e desde a sua fundação, em 2001, já concedeu R$ 8 bilhões em crédito estudantil para 300 mil alunos.

Entre as carteiras que estão sendo adquiridas, há financiamentos da própria faculdade e aqueles concedidos pela Pravaler. Esse é o caso da Ânima, que vendeu sua carteira de crédito estudantil que opera na modalidade gestão, ou seja, aquela em que a Pravaler apenas repassa as mensalidades pagas pelos alunos e tem um perfil de risco de inadimplência maior nos primeiros anos de curso. Essa carteira é contabilizada no balanço do grupo educacional.

Ânima vende carteira de crédito estudantil para gestora Pravaler

Há uma segunda modalidade de crédito estudantil em que a Pravaler antecipa as mensalidades do semestre para a escola. Os alunos enquadrados nesse formato tem um perfil de risco de inadimplência menor. “Para o aluno não muda nada. Já o grupo educacional tira essa carteira do balanço e para nós é interessante esse tipo de aquisição porque passamos a ser remunerados pela antecipação de recebíveis e não apenas pela prestação de serviço”, explica Haroldo Carvalho, diretor financeiro da Pravaler.

“Estamos conversando com as instituições de ensino que trabalham com as duas modalidades de crédito estudantil. A ideia é adquirir as carteiras operadas na modalidade gestão”, disse Rafael Baddini, diretor de produtos da Pravaler. A gestora tem sob administração cerca de R$ 1,5 bilhão em financiamento estudantil… leia mais em Valor Econômico 19/09/2023