Consultoria aponta que setores de alimentos, indústria naval e TI são os mais procurados pelos investidores

Dois negócios anunciados ontem mostram que o apetite dos investidores por aquisições continua em alta – apesar dos soluços da crise mundial. A Forjas Taurus está em tratativas para adquirir as ações da Steelinject Injeção de Aços, controlada da Lupatech. A transação está avaliada em R$ 14 milhões. A incorporação da Steelinject significará à Taurus a complementação de negócios no segmento de produtos obtidos pelo processo de injeção de pó metálico – produzindo peças principalmente para os setores automotivo, bélico e odontológico.

Já a Camil Alimentos anunciou a compra da Coqueiro, única marca de pescados da PepsiCo no mundo. A aquisição da Coqueiro tem como alvo a diversificação dos produtos da companhia – que, até agora, dedicava-se somente à comercialização de arroz e de feijão. Atualmente, o segmento de grãos representa 80% dos negócios da Camil. Com a negociação, porém, a empresa projeta que os pescados deverão responder por 30% dos negócios em até cinco anos.O valor da transação não foi divulgado.

Para completar a semana, surgiram boatos de que a Petrobras estaria vendendo 30% da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) para a mexicana Petroleos de Mexico (Pemex). No entanto, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, negou a informação na manhã de hoje.

As operações vão ajudar a impulsionar o mercado de fusões e aquisições. Até agosto, de acordo com levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC), foram 483 transações no país. A previsão da consultoria é de que, até dezembro, o país registre 720 transações, igualando-se à marca alcançada em 2007, a segunda melhor dos últimos cinco anos. “O Brasil tem sido uma boa opção de investimento e, independentemente de termos crise internacional, alguns segmentos estão buscando se aglutinar como forma de se fortalecerem”, analisa Fernando Giacobbo, sócio da PwC com atuação no sul. Entre os setores mais propensos ao processo de fusões e aquisições estão o de alimentos, aqueles voltados à indústria naval e petrolífera e TI. Por Marcos Graciani
Fonte:amanha14/10/2011