Após ‘chuva’ de investimentos, startups sentem crise e dão freada brusca em gastos
Bolsas de academia da Nike, tênis da Adidas com o logotipo da empresa, câmeras do tipo Polaroid… Esses eram “presentinhos” que grandes startups brasileiras, que amealharam investimentos bilionários, costumavam dar a seus funcionários até pouco tempo atrás. Esse tempo de gastos supérfluos, no entanto, chegou ao fim nos últimos meses, quando várias companhias de tecnologia deixaram de contratar e passaram a demitir, para cortar custos. Deve ser o início de uma realidade bem mais austera para o setor.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, enquanto o dinheiro estava farto em todo o mundo até o ano passado, em uma fase em que os juros baixos impulsionavam investimentos mais arriscados, não havia preocupação de que a torneira de recursos poderia secar. Mas a guerra na Ucrânia e as altas de juros ao redor do mundo mudaram essa realidade.
Amure Pinho, fundador do fundo Investidores.VC, acredita que as demissões são a ponta do iceberg do que as startups devem enfrentar daqui em diante. “Pode haver redução de verbas de marketing e ajustes de orçamento e estratégia. Essa tendência vai afetar startups de todos os setores”, afirma.
Fim da euforia
O exemplo da startup do setor imobiliário QuintoAndar evidencia bem essa “virada”. Poucos meses depois de distribuir centenas de câmeras de R$ 300 para boa parte de seus funcionários e parceiros, a companhia ganhou os holofotes ao fazer uma série de cortes na equipe. Enquanto internamente se falava de uma redução de ..Leia mais em estadao 21/05/2022