As 10 maiores empresas que suspenderam negócios na Rússia por conta da guerra – apenas 3 delas retiraram US$ 30 bi do país
A invasão da Rússia à Ucrânia desencadeou na comunidade internacional uma série de sanções econômicas e financeiras ao país comandado por Vladimir Putin, suas empresas e cidadãos.
Os bancos russos foram excluídos do sistema internacional de pagamentos SWIFT, e o banco central do país ficou sem o acesso às suas reservas internacionais de mais de US$ 630 bilhões.
Os bens dos principais oligarcas da Rússia foram bloqueados, e as empresas do país foram excluídas dos mais importantes índices de ações de países emergentes.
Já a Inditex, dona da varejista de moda Zara, informou que fechará temporariamente suas 502 lojas na Rússia, além de suspender suas operações online no país, mas sem informar o exato motivo da decisão. A Rússia é responsável por cerca de 8,5% do lucro total do grupo, antes de juros e impostos.
Finalmente, a Danone, que tem fábricas na Ucrânia, disse ter suspendido todos os projetos de investimentos em território russo, com exceção da produção e distribuição de laticínios in natura e nutrição infantil.
Mas desde o início do conflito, empresas gigantescas cortaram laços com a Rússia. Apenas no setor de óleo e gás, extremamente importante na economia do país, BP, Shell e Exxon retiraram cerca de US$ 30 bilhões em investimentos.
Veja a seguir quais foram as 10 maiores empresas a suspenderem negócios com a Rússia desde a invasão à Ucrânia:
1) Apple
Valor de mercado: US$ 2,7 trilhões
A Apple parou de vender seus produtos na Rússia, além de ter limitado e desabilitado algumas funções do Apple Maps na Ucrânia, como dados de tráfego e incidentes ao vivo, para preservar a segurança dos cidadãos ucranianos, disse a empresa.
A companhia condenou a invasão e disse que todas as exportações para os canais de vendas russos foram interrompidas na última semana.
2) British Petroleum (BP)
Valor de mercado: US$ 96,1 bilhões
Apenas alguns dias após a invasão, a BP anunciou que encerraria sua parceria de 30 anos com a estatal de petróleo russa Rosneft, desfazendo-se da sua participação de 20% na empresa. O movimento pode custar US$ 25 bilhões à BP e cortar em um terço sua produção global de óleo e gás.
3) Shell
Valor de mercado: US$ 200,84 bilhões
Apenas horas depois da decisão da BP, a Shell disse que encerraria suas operações na Rússia, desinvestindo das suas joint ventures com a estatal russa de energia Gazprom e entidades relacionadas.
Valor de mercado: US$ 342,54 bilhões
Na última terça-feira (1º) foi a vez de outra petroleira, a ExxonMobil, anunciar que iria descontinuar suas operações de óleo e gás na Rússia, avaliadas em mais de US$ 4 bilhões, além de iniciar sua saída do empreendimento Sakhalin-1, um dos maiores casos de investimento estrangeiro direto na Rússia.
5) HSBC
Valor de mercado: US$ 135 bilhões
O banco disse encerraria gradualmente suas relações com uma série de bancos russos, incluindo o segundo maior deles, o VTB, alvo das sanções internacionais, de acordo com a Reuters. O HSBC tem receitas anuais de US$ 15 milhões na Rússia.
6) Volkswagen
Valor de mercado: US$ 107,45 bilhões
A montadora alemã disse na última quinta-feira (03) que iria suspender as entregas de carros na Rússia imediatamente e interromper a produção de veículos em duas plantas no país.
A Volkswagen entregou 216 mil veículos à Rússia, cerca de 2,4% das suas vendas globais, de acordo com o The Wall Street Journal.
7) Disney
Valor de mercado: US$ 263,57 bilhões
A Disney se tornou a primeira grande empresa de entretenimento a interromper seus lançamentos de filmes nos cinemas russos.
8) Netflix
Valor de mercado: US$ 163,307 bilhões
A gigante do streaming interrompeu todos os seus futuros projetos e aquisições na Rússia após a invasão. A Netflix também se recusou a exibir canais estatais russos, desafiando as leis de transmissão do país.
Quatro produções originais russas foram suspensas, e a produção de uma série do país foi interrompida. De acordo com o jornal britânico The Guardian, a Netflix deve ter cerca de um milhão de assinantes na Rússia.
9) Mastercard
Valor de mercado: US$ 336,9 bilhões
A maior processadora de pagamentos do mundo bloqueou diversas instituições financeiras russas, impedindo-as de utilizar sua rede de pagamentos, devido às sanções.
A Mastercard disse que iria trabalhar com os reguladores para aderir às obrigações de compliance.
10) Visa
Valor de mercado: US$ 450,25 bilhões
A concorrente Visa também bloqueou as companhias russas do uso da sua rede e se comprometeu em respeitar as sanções econômicas… leia mais em Seu Dinheiro 06/03/2022