Administrar uma empresa demanda conhecimentos e habilidades que nem todo autônomo tem. São muitas as tarefas além do exercício da própria profissão para conseguir chegar aos clientes e gerar faturamento. Pensando em sanar esse problema, Raphael Machioni, João Bergamo e Vagner Dutra fundaram a Assis, startup que desenvolveu uma assistente virtual integrada ao ChatGPT para auxiliar na rotina dos autônomos.

A startup anuncia o seu lançamento junto à captação da sua primeira rodada de investimentos, no valor de R$ 27,5 milhões. O cheque inicial foi assinado por Costanoa, MAYA, Canaan, Norte Ventures, Latitud, FJ Labs, K50, 1616, BFF e investidores-anjos.

O background dos fundadores fez a diferença: a Assis foi criada pelo empreendedor experiente Raphael Machioni, cofundador e ex-CEO da Vee Benefícios — startup comprada pela Swile, em 2020 —, João Bergamo, ex-CFO da Vee, e Vagner Dutra, membro do time fundador do PicPay.

Segundo o IBGE, mais de 25 milhões de brasileiros são autônomos, e o trio percebeu uma oportunidade de negócio, uma vez que esses profissionais precisam desempenhar diferentes funções sozinhos para tocar suas empresas, o que acaba impactando na produtividade. “Você precisa se desdobrar para fazer a parte de marketing, vendas, administração, jurídico, financeiro. O controle ainda é feito manualmente ou em diversos softwares diferentes”, afirma Machioni.

Quando podem, esses profissionais contratam assistentes. Assim, para entender a demanda, o empreendedor foi trabalhar como um deles para os primeiros clientes da startup. “Foi uma das melhores coisas que eu fiz. Não acredito em empreender dentro do ar-condicionado, temos de estar no dia a dia. É diferente ver a dor para criar a solução”, pontua.

A Assis é uma assistente virtual que auxilia no processo de vendas, desde a primeira conversa com os clientes — a partir de um bot integrado com o ChatGPT — até o envio de orçamentos e a contratação do serviço. A plataforma ajuda o autônomo a lembrar das tarefas, esclarecer dúvidas dos clientes e realizar as cobranças. “Temos como foco o profissional com especialização. Seja fotógrafo, arquiteto, nutricionista, advogado, prestadores de serviço”, diz.

A startup vai operar a partir de dois modelos de negócio: o primeiro é gratuito, com cobrança apenas na captura de pagamentos pela plataforma – sem acesso ao atendimento por chatbot –; o segundo é por assinatura, no modelo SaaS, por R$ 80 mensais. Rodando desde outubro com alguns clientes em fase de testes, a startup afirma que já movimentou mais … leia mais em PEGN 04/04/2023