Há dez meses, a Braskem lançou a Oxygea, divisão de inovação com atuação como corporate venture capital e venture builder para fomentar o desenvolvimento de novas iniciativas de negócios. Nesta segunda-feira (3/7), a empresa anuncia o lançamento da Xtellar, startup criada para combinar a divisão de materiais 3D da companhia com a startup adquirida Taulman3D.

Observando a crescente tendência de utilização de impressões 3D, a Braskem iniciou um projeto sobre o tema em 2017. Desde então, a companhia vem aperfeiçoando as pesquisas para entender qual seria a melhor atuação. Os filamentos para as impressoras foram a aposta, pela natureza operacional da empresa, produtora de resinas petroquímicas. O portfólio já incluía filamentos de polietileno, polipropileno, fibra de carbono e polímeros reciclados, feitos especialmente para impressões 3D.

De olho em novas oportunidades de mercado, a companhia brasileira com operação em 10 países encontrou a norte-americana Taulman3D, marca fundada em 2012 e líder na produção dos filamentos com novos materiais, como o PETG reciclado. Seus produtos são utilizados pela indústria aeronáutica, automotiva, da saúde e da educação. A Braskem adquiriu a startup em janeiro de 2023.

Braskem une divisão de materiais 3D com a adquirida Taulman3D para criar a startup Xtellar

A partir de agora, toda a produção estará sob o guarda-chuva da Xtellar. “Nossa tecnologia permite que os produtos tenham propriedades interessantes, como esticar mais, dobrar menos, ser mais resistente a altas e baixas temperaturas”, explica Artur Faria, CEO da Oxygea. Com sede nos Estados Unidos, por causa dos clientes absorvidos da Taulman3D – incluindo a Força Aérea Americana –, a nova startup já exporta para a Europa.

Faria explica que os filamentos podem ser utilizados não apenas pela indústria, mas também por pessoas que têm impressoras 3D para usar de forma recreativa e por pequenos negócios. Por isso, os produtos também são vendidos no B2C, pela Amazon. A Xtellar trabalha com seis tipos de filamentos: PETG, polipropileno, polietileno, nylon, de base biológica (derivado da cana-de-açúcar) e reciclado. Eles podem criar desde uma prancha de stand up paddle até uma porta de carro off-road. “Hoje vemos cada vez mais aplicações e podemos explorar segmentos ainda não atendidos pela impressão 3D com as propriedades do nosso material”, afirma.

A Oxygea investiu pouco mais de US$ 2 milhões na startup até o momento, com expectativa de aportar mais US$ 5 milhões até 2024. … leia mais em PEGN 03/07/2023