O BTG Pactual vê o terceiro trimestre ainda fechado para as ofertas públicas de ações, com possibilidade de operações pontuais. A partir do final do ano, a evolução desse mercado dependerá de fatores como taxa de juros, cenário global, eleições e reancoragem de expectativas fiscais.

“Qualquer que seja o resultado das eleições, achamos que a responsabilidade fiscal e a boa política econômica vão prevalecer. Talvez com uma combinação um pouco diferente de um candidato e do outro”, disse o CEO do banco, Roberto Sallouti, a investidores. Ele acrescentou que isso, junto à perspectiva de fim dos ciclos de alta dos juros, faz com que o banco esteja “razoavelmente” otimista em relação ao cenário macroeconômico para o quarto trimestre e 2023.

Apesar do fraco desempenho do mercado de ações, o banco destaca que há um “pipeline” robusto para o segundo semestre quando considerados os mercados de dívida e M&A (fusões e aquisições).

Assim, são esperadas receitas em patamar “robusto” para o banco de investimento. No segundo trimestre, a receita dessa área atingiu R$ 485,3 milhões, recuo anual de 29%, mas crescimento de 38,3% em relação ao primeiro trimestre do ano.

BTG Pactual vê 3º trimestre ainda fechado para oferta de ações

Renato Cohn, CFO do banco, destacou que a instituição manteve sua liderança na área de banco de investimentos em diversos rankings da indústria no segundo trimestre. De acordo com ele, os segmentos de dívida e M&A tiveram contribuições importantes em termos de receita, mas mesmo o mercado de ações, com fraca atividade, teve uma performance melhor do que no primeiro trimestre.

Sobre a área de gestão de recursos, os executivos destacaram o fluxo de investidores para a renda fixa e afirmaram que a companhia consegue atrair e manter clientes em diferentes ciclos econômicos com uma oferta completa de produtos.

Receitas equilibradas

Sallouti também afirmou que as receitas do banco foram bem distribuídas entre as diversas áreas no segundo trimestre, com destaque para o crescimento das franquias de clientes mais estáveis: gestão de patrimônio (wealth management), gestão de recursos e crédito a empresas (corporate & SME lending).

“A gente tem investido muito nos últimos anos e espera que esses investimentos continuem a maturar ao longo dos próximos trimestres e anos, especialmente nessas três linhas, mas isso também acaba se refletindo nas linhas de ‘sales & trading’ e ‘investment … leia mais em Valor Econômico 09/08/2022