Após investir em mais de 100 negócios com altíssimo potencial de crescimento desde 2017, a firma de venture capital Canary levantou seu terceiro fundo de investimentos dedicado a fazer o primeiro aporte em empresas na América Latina.

Com US$ 100 milhões captados e uma demanda dos investidores acima das expectativas iniciais, o veículo reforça a tese sob a qual o Canary foi fundado: de que há muitas pessoas talentosas na região que, com apoios e incentivos corretos, podem criar empresas globais e de enorme impacto, capazes de mudar a vida da população e resolver problemas estruturais na América Latina.

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“Quando criamos o Canary, em 2017, tínhamos a convicção de que o mercado de inovação e tecnologia latino-americano ia maturar, com muitas oportunidades para grandes negócios e, principalmente, pessoas brilhantes dispostas a empreender. Nos posicionamos desde o começo como primeiros investidores institucionais de novas empresas e ficamos muito felizes ao ver que a nossa crença estava correta. De lá para cá, o ecossistema de startups na região evoluiu muito”, diz Marcos Toledo, cofundador e managing partner do Canary. “Estamos muito animados em continuar essa jornada, apoiando fundadores e fundadoras, com quem aprendemos muito ao longo desses anos. Seguimos direcionando nossos esforços para destravar valor das companhias investidas, ajudando-as com acesso a talentos, capital e potenciais clientes, além de muni-las com insights e inteligência de mercado únicos.”

Fundada, operada e investida por empreendedores, a firma de venture capital Canary já realizou cheques em mais de 100 empresas na América Latina — usando seus dois primeiros fundos, com captação de US$ 45 milhões e US$ 75 milhões, respectivamente, em 2017 e 2019. Ao todo, as companhias investidas pelo Canary já realizaram 69 rodadas subsequentes, levantando US$ 2,3 bilhões em novos investimentos e gerando mais de 5,4 mil empregos diretos por toda a região.

Apesar de estar apenas no seu quinto ano, a gestora já tem em seu portfólio diversos casos de sucesso e empresas se tornando de fato relevantes na região, incluindo mais de 10 empresas com avaliação de mercado acima de US$ 100 milhões e algumas acima de US$ 500 milhões. O Canary tem ainda o orgulho de ter investido em empresas que estão redefinindo categorias e indústrias inteiras, como é o caso de Buser (principal startup de inovação no transporte intermunicipal no Brasil), Sallve (uma marca digital de beleza), Hashdex (maior gestora de ativos digitais do Brasil), Facily (social commerce que é hoje um dos 10 apps mais baixados no Brasil) e Trybe (que está redefinindo a forma como as pessoas se preparam para trabalhar em tecnologia na América Latina).

O novo fundo reforça ainda a posição de liderança do Canary na região para o early stage e amplia a vocação de ser parceiro local de grandes firmas de VC globais, como já faz com nomes como a16z, Dragoneer, SoftBank, Ribbit e QED. “A América Latina teve uma explosão na atividade de startups nos últimos anos, especialmente com fintechs combatendo problemas para uma população gigante e muitas vezes, mal servida. Acreditamos que estamos só no começo e que há grandes oportunidades para a região”, diz Angela Strange, general partner na Andreessen Horowitz. “O Canary tem sido um parceiro confiável e bem-conectado na região, enquanto continuamos a apoiar grandes empreendedores.”

“Quando começamos a modelar o que seria o Canary, em 2017, a tese era que existia um movimento macro de pessoas muito talentosas saindo de carreiras mais tradicionais e começando novas empresas ou se juntando a novos times. Isso de fato tem acontecido, mas numa velocidade muito mais rápida do que imaginávamos. A América Latina ainda apresenta desafios enormes para serem atacados e hoje empreendedores e empreendedoras têm acesso a capital intelectual e financeiro como nunca tiveram antes”, ressalta Toledo. “Mais do que apenas investir nos times mais ambiciosos, nós criamos uma rede poderosa, capaz de trazer conhecimento, conexões e ajudas técnicas para as nossas investidas, incentivando e abrindo caminhos para o empreendedorismo na América Latina.”

Para auxiliar no crescimento das empresas do portfólio desde o dia 0, a firma hoje conta com um time de 20 pessoas, dedicado a apoiar empreendedores, em junções extremamente estratégicas que geram um valor desproporcional às startups. Entre elas, estão fundraising (conexão com os melhores fundos globais), acesso a talentos qualificados, acesso a potenciais clientes, comunicação/PR e redução da assimetria de informação, com dados e inteligência de mercado.

A comprovação da tese também motivou o mesmo grupo de investidores-empreendedores que está por trás do Canary a criar o fundo Atlantico, voltado para investimentos em empresas mais maduras, que já possuem fit com o mercado e estão prestes a escalar. Em 2020, o Atlantico, comandado pelo sócio Julio Vasconcellos e com processo decisório e operação totalmente independentes do Canary, captou aproximadamente US$ 80 milhões com investidores e já fez 13 investimentos.

O lançamento desse fundo segue a tendência do que se vê em algumas das principais firmas de venture capital do mundo, que têm dedicado esforços e recursos para companhias em diferentes estágios. “Identificamos que há, no mercado latino-americano, uma necessidade grande de investimentos e de apoio para empresas que têm product-market fit e estão na iminência da escala. No Atlantico, temos auxiliado as investidas com a nossa expertise e com estudos e dados sobre a região. Os sócios têm muita experiência e já fundaram empresas de sucesso no Brasil e nos Estados Unidos”, afirma Vasconcellos.

O Atlantico também está alinhado com o Canary em seus esforços de fomentar o empreendedorismo na América Latina, munindo o ecossistema local de informações e insights exclusivos: recentemente, o fundo lançou a segunda edição de seu report Latin America Digital Transformation, com ideias, dados e análises sobre os efeitos de segunda e terceira ordens de transformação digital na região, após o tech tsunami causado pela pandemia e pelas políticas de distanciamento social. Juntos, Canary e Atlantico já têm mais de R$ 3 bilhões de reais sob gestão.

Em busca das melhores pessoas na América Latina

Com o novo veículo, o Canary alça voo para sua vocação, realizando investimentos em toda a América Latina. “Desde o começo, tivemos a visão de que a América Latina como um todo tinha um grande potencial para novos negócios, mas decidimos focar inicialmente no Brasil para comprovar nossa hipótese”, afirma o managing partner do Canary. “Ao longo do tempo, fomos intensificando nossa atuação no continente e hoje temos orgulho de investir em empresas operando em países como México, Argentina e Colômbia.”

Ao todo, a expectativa do Canary é de investir em cerca de 50 empresas com este novo fundo, cujos trabalhos se iniciaram no segundo semestre de 2021. Assim como antes, o Canary permanece com uma visão agnóstica sobre o mercado, buscando atrair os melhores empreendedores, com ambição de gerar negócios gigantes e transformadores. “Acreditamos que founders excelentes sempre vão achar um caminho para construírem os melhores negócios. Por aqui, somos especialistas em encontrar as melhores pessoas, com ambição compatível com a nossa, e ajudá-las nessa caminhada”, ressalta Izabel Gallera, partner do Canary.

Não à toa, o Canary já investiu em pessoas antes mesmo de seus negócios existirem ou estarem definidos, como no caso da Trybe. “Sempre buscamos fazer negócios com gente que a gente admira. Escolhemos o Canary como nosso investidor justamente por conta das pessoas que são parte da firma”, diz Matheus Goyas, cofundador e CEO da startup, que está revolucionando a forma como pessoas se preparam para o mercado de tecnologia.

A firma também tem um bom track record em ajudar fundadores a encontrar seus cofundadores ou montar seus times iniciais, como aconteceu no caso de Alice e Caju. “O Canary cofundou a Alice com a gente. Eles sempre acreditaram nas minhas habilidades como founder, antes mesmo de eu ter a ideia para começar a Alice, além de me apresentarem ao Gui, meu cofundador”, diz André Florence, CEO e cofundador da healthtech. “O Canary somou muito mais valor à empresa do que o capital, antes mesmo de termos fechado uma rodada”, complementa Guilherme Azevedo, cofundador da Alice….Saiba mais em startupi.10/11/2021