A Clicampo mudou de nome e atraiu novos investidores para sua operação, que conecta produtores rurais a restaurantes e varejistas da cidade. Agora batizada de Arado, a companhia fechou uma captação de R$ 60 milhões, liderada pela Acre Venture Partners, fundo focado em agrotechs, com participação da Syngenta Group Ventures e da Globo Ventures. Acompanharam a rodada os já acionistas Valor Capital, Maya Capital e SP Ventures.

menos de um ano a companhia havia levantado R$ 40 milhões em seed money. A companhia não abre o valuation mas diz que, de uma rodada para outra, essa cifra ficou 2,5 vezes maior – acompanhando um salto de 30 vezes na receita no segundo ano de operação da agrotech.

” Mesmo com um cenário mais difícil para startups, conseguimos fechar uma rodada com melhora em todos os nossos marcadores e com investidores super estratégico para a companhia”, diz Victor Bernardino, CEO e fundador da Arado. “A Globo chega a todo lugar do Brasil e se comunica com as pessoas do campo, a Acre tem um statement que podia ser transportado para gente de tão parecido e a Syngenta é uma multinacional focado em aumentar rentabilidade de produção agro”.

Clicampo vira Arado e capta R$ 60 milhões

No final do ano passado, a Arado comprou a Pin.Go, que faz delivery de hortifrúti para restaurantes em São Paulo, e está aberta a novos M&As. A agrotech atua hoje em Belo Horizonte, Campinas, Rio e São Paulo. Mais do que aumentar o escopo geográfico, o foco será crescer nessas quatro cidades. “Queremos crescer 10 vezes nessas cidades em três anos, investindo em tecnologia que ajude na logística e nos preços, aumentando o volume de venda dos polos produtores.”

Segundo o CEO, a redução de intermediários entre o campo e a mesa reduz em até 40% o desperdício de alimentos. A companhia mudou de nome após um trabalho de avaliação de marca, mas a proposta segue a mesma. “Melhorar o acesso do pequeno e médio produtor ao mercado consumidor, criando um canal de venda mais justo e mais transparente que o ajude a ter economia escala e logística”, diz Bernardino.

Segundo o empreendedor, é comum definirem a startup como uma empresa de logística. “Eu entendo, mas tem muito mais estratégia em engenharia de dados também. Qual é o preço certo para comprar e vender, a previsão da colheita, o produto certo”, diz. “Quando alguém escolhe um tomate ou um limão tahiti no sacolão do supermercados não tem ideia de quantos processos esse produto já passou para estar ali, naquela seleção das melhores frutas.”… leia mais em Pipeline 25/04/2023