Com aquisição, mexicana Kavak desembarca nos Emirados Árabes
A Kavak acaba de estacionar a frota em Dubai. Segunda startup mais valiosa da América Latina, a empresa mexicana de compra e venda de carros usados fez um investimento de US$ 130 milhões para ingressar do Oriente Médio, ganhando tração em um mercado de tíquete médio bem mais alto.
“Desde o início, falamos da ambição global da Kavak de ser o player número um, transformando os mercados emergentes”, disse o cofundador Roger Laughlin, que também é o responsável pelos negócios da startup no Brasil — até agora, o mercado mais importante da empresa.
A chegada da Kavak ao Oriente Médio já estava nos planos desde o ano passado, quando a Kavak levantou a última rodada, captando US$ 700 milhões em uma série E que avaliou o unicórnio mexicano em US$ 8,5 bilhões, lembrou Laughlin.
Para estrear em Dubai, a Kavak optou por um M&A, caminho semelhante ao adotado pela companhia na Argentina — em outros países, como o Brasil, a startup cresceu de forma exclusivamente orgânica. Em uma transação de valor não revelado, a Kavak adquiriu a Carzaty, startup fundada por Marwan Chaar e Hassan Jaffar.
No ano passado, a Carzaty também teria atingido US$ 1 milhão em vendas mensais, com um preço médio de US$ 25 mil. Laughlin não detalhou os números de vendas da aquisição, mas disse que o mercado do Oriente Médio faz dois milhões de transações com carros usados por ano, movimentando mais de US$ 35 bilhões anuais.
“O tíquete médio é quase três vezes o tíquete do Brasil”, disse o cofundador da Kavak. Por aqui, o mercado movimenta de US$ 140 bilhões a US$ 160 bilhões, com mais de 10 milhões de transações de automóveis usados por ano.
Num ambiente da capital mais escasso, Laughlin indica que a Kavak numa situação privilegiada, com grandes instituições financeiras renovando a aposta no negócio. No mês passado, a startup levantou US$ 810 milhões com HSBC, Goldman Sachs e Santander. Os contratos incluem a compra de recebíveis da startup. “O fato de ter conseguido levantar essa rodada mostra a confiança. Quando os outros veem riscos, a gente vê oportunidades”, concluiu… saiba mais em Pipeline 12/10/2022