Apenas um grupo seleto de empresas gera lucro econômico de maneira expressiva e consistente. A grande maioria das empresas brasileiras – e mundiais – não gera valor (para além de remunerar o capital empregado).

Essas conclusões derivam de análise das principais empresas de capital aberto no Brasil ao longo das duas últimas décadas, repetindo os moldes de uma pesquisa que a McKinsey & Company realizou com mais de 2,000 empresas globalmente.

A grande maioria das empresas – 75% no caso brasileiro – operam em nível de breakeven econômico. E, assim como no resto do mundo, a geração do lucro econômico no Brasil é altamente concentrada: apenas 7% das empresas brasileiras concentraram neste período mais de 80% do valor gerado aos acionistas acima do custo de capital.

As pesquisa global e brasileira constatam que apenas uma em cada dez empresas consegue passar de um desempenho próximo ao break even para um em que há criação de valor expressiva. Esse padrão se repete ao longo do tempo e através dos setores de atividade econômica.

O que leva à seguinte questão: como uma minoria de empresas consegue vencer as probabilidades (ou beat the odds, conforme termo usado na pesquisa global) e se colocar entre a o seleto grupo de empresas que gera valor?

Para responder a essa pergunta, analisamos três dimensões que influenciam o desempenho das empresas e …

A pesquisa global, e que foi confirmada no Brasil, revelou que alguns movimentos importam mais que outros e que os movimentos tem que ser ‘grandes’, não basta acompanhar a concorrência para se fazer diferença. Os CEOS que geraram valor tomaram ações como:

1) Evolução do portfólio de negócios. Ao contrário da maioria dos líderes que aloca capital inercialmente (alocação de recursos do ano baseado no ano anterior com ajustes orgânicos), os CEOS que geraram lucro econômico expressivo gerenciam ativamente e evoluem o portfólios de negócios de suas empresas de acordo com ameaças e oportunidades que vão surgindo ao longo do caminho.

2) Garantia de investimentos superiores à média do setor. Garantem taxas de investimento (capex) tipicamente entre 1,5 e 2 vezes superiores à média de outras empresas em seus setores.

3) Aumento da produtividade e da eficiência. São obcecados por produtividade, realizando saltos de produtividade não incrementais e muito superiores à média da sua indústria.

4) Posicionamento diferenciado. Levam suas empresas a oferecer produtos e/ou serviços diferenciados que resultem em margens sustentavelmente superiores às dos concorrentes.

5) Execução consistente de M&A. Realizam Fusões, aquisições, parcerias e desinvestimentos ‘programaticamente’, ou seja, com regularidade no tempo (ao menos um movimento por ano independentemente do ciclo econômico) e alinhados com a estratégia da empresa… Leia mais em braziljournal 02/12/2019

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