Depois da venda da capixaba ES Gás para a Energisa neste ano, a paranaense Compagas e a mineira Gasmig devem ser as próximas da fila de privatização no setor. O conselho de administração a Copel aprovou a contratação de assessoria para potencial desinvestimento na companhia. A XP vai liderar esse processo, apurou o Pipeline.

A expectativa é que a venda da participação da Copel na Compagas seja feita via leilão na bolsa no fim deste ano ou no primeiro semestre do ano que vem. Já a Cemig avalia potencial IPO da Gasmig, segundo informou a companhia em agosto.

A Compagas é controlada pela Copel, que detém de 51% do capital da companhia. Também são acionistas a Commit Gás, com 25,5%, e Mitsui, com 24,5%. A empresa, responsável pela distribuição de gás no estado do Paraná, é avaliada em cerca de R$ 2,3 bilhões, dizem fontes.

Em dezembro, a Compagas assinou com o governo do Paraná a renovação da concessão da Compagas por mais 30 anos, com a previsão de investimentos de R$ 2,5 bilhões no período. A empresa encerrou 2022 com uma receita operacional líquida de R$ 1,3 bilhão, aumento de 66% em relação a 2021, com um lucro líquido de R$ 179 milhões.

O desinvestimento da empresa já estava nos planos da Copel antes da privatização, que ocorreu em agosto e movimentou R$ 5,2 bilhões, com o governo do estado do Paraná reduzindo sua participação na empresa de 31% para 15,9% do capital.

Já no caso da Gasmig, a Cemig avalia potencial IPO da companhia para ampliar a expansão da rede da distribuidora no estado de Minas Gerais. A empresa renovou o contrato de concessão até 2053. A Fitch estima um EBITDA de R$ 787 milhões para a Gasmig em 2023 e de R$ 878 milhões em 2024…. leia mais em Pipeline 21/09/2023