A crise provocada pela pandemia deixou em xeque o negócio de agências de viagens, estimulando operações de compra e venda de companhias. Depois da Flytour e da Queensberry terem sido compradas pela mineira BeFly, uma outra empresa importante do setor está à venda: a ViajaNet, agência de turismo on-line que, em 2019, movimentou R$ 1 bilhão.

Entre os interessados, segundo o Valor apurou, estão grupos ligados ao turismo, como a própria BeFly, controlada pelo empresário Marcelo Cohen, e a Decolar. Há também grandes varejistas, donas de marketplaces (shopping centers on-line) na lista de possíveis compradores. A ViajaNet já tem parcerias fortes para vendas de viagens nesse tipo de plataforma e haveria bastante sinergia entre os negócios. O Magazine Luiza e o Mercado Livre são duas das empresas parceiras da ViajaNet e também estão no radar como potenciais compradoras.

A crise tem dificultado o negócio de agências de turismo no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional) apontam que as empresas associadas (cerca de 2,2 mil em todo o Brasil) registraram faturamento de R$ 33,9 bilhões em 2019, número que caiu para R$ 14 bilhões em 2020. Os dados do ano passado ainda não foram fechados.

Em outubro de 2021, a ViajaNet chegou a tentar uma captação de US$ 10 milhões com novos investidores, mas o aporte acabou sendo feito pelos fundos de “private equity” que já investem na empresa, segundo fontes. Entre os acionistas atuais da ViajaNet estão a Redpoint Eventures, Pinnacle Ventures e General Catalyst. Uma outra captação havia sido feita com os acionistas em 2020, no valor de US$ 6,5 milhões.

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Crise no turismo estimula negócios
Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

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