A Visa comprou a Pismo, a Serasa Experian levou a Mova, e o Santander agora detém 20% da Sodexo no Brasil. Essas são só algumas das muitas fusões e aquisições concluídas no setor financeiro durante este ano, que já caminha para superar as transações de 2022.

Segundo dados da KPMG, no primeiro semestre deste ano, foram fechados 66 acordos de incorporação de empresas financeiras. No acumulado de todo o ano passado, estes tipos de M&As totalizaram 99 operações, de acordo com a consultoria, atrás apenas dos setores de TI e de serviços.

Essa alta nas transações acontece no momento em que o capital de risco está limitado, portanto, os negócios menores têm menos opções de levantar recursos. Desta forma, estando disponíveis para negociações, as grandes companhias -com caixa para expansão- conseguem sair na frente e levar as menores, para entrar em novos segmentos.

Foi o que aconteceu com a Serasa Experian, no mês passado, quando desembolsou R$ 40 milhões para ser sócia majoritária da Mova, fornecedora de crédito para pequenos e médios empreendedores. Em entrevista ao IM Business, Marcia Usami, diretora de serviços de crédito, comenta que essa aquisição deve dar à companhia o fôlego para acessar um setor então distante do core da Serasa, mas que fazia parte dos planos de crescimento.

Em meio à escassez de capital de risco crescem M&As no setor financeiro

“Os produtos que a Mova oferece, de infraestrutura de crédito para empresas não bancárias, quando se une aos nossos de inteligência de dados, se torna uma solução mais robusta no mercado. Temos milhões de CNPJs no Brasil e, dentro deste universo, a maioria é PME, público que não têm acesso a crédito. Estamos executando uma estratégia para ampliar nossa atuação junto a este perfil”, diz Usami.

As operações realizadas entre instituições financeiras têm sido bastante diversas, englobando desde bancos digitais à exchanges de criptoativos, conforme analisa Luis Motta, sócio-líder de assessoria em fusões e aquisições da KPMG no Brasil. Segundo ele, optar por comprar uma empresa menor -especialmente as startups- tem sido a estratégia para ganhar tempo em tecnologia, além de ampliar os esforços na busca por trazer jornadas completas aos clientes…. leia mais em InfoMoney 17/08/2023