FUSÕES E AQUISIÇÕES – DESTAQUES DA SEMANA DE 23 a 29/mai/16
Anunciadas 5 operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa na semana de 23 a 29/mai/16. Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 3 setores.
ANÁLISE DA SEMANA
Principais transações.
NEGÓCIOS DA SEMANA
“Market Movers” – Brasil
- Telefónica assume o controle da brasileira AxisMed. O Grupo Telefónica acaba de adquirir 100% de controle da AxisMed, empresa brasileira focada em gestão de saúde populacional. Segundo a operadora, o negócio permitirá acelerar o desenvolvimento de uma proposta completa de serviços no mercado local, com foco em operadoras de saúde, corporações e indústria farmacêutica. .23/05/2016
“Market Movers” – Exterior
- Facebook compra empresa de software de áudio de realidade virtual para fortalecer a Oculus. O Facebook adquiriu a Two Big Ears, desenvolvedora de software/tecnologia para criação de áudio para realidade virtual e áudio para jogos 3D. Com a compra, o software da empresa será usado para criar conteúdos para o Rift, dispositivo de realidade virtual da Oculus, a companhia adquirida pela rede social em março de 2014, por US$ 2 bilhões. Os termos financeiros do negócio não foram revelados. 23/05/2016
- Amcor compra Alusa por US$435 milhões. Investimento engloba quatro plantas de flexíveis na América do Sul. A Amcor decidiu sair da fileira do fundo na América do Sul. Até então atuante em flexíveis na região com sua fábrica em Cambé, no Paraná, a empresa australiana desembolsou US$ 435 milhões pelos ativos da companhia Alusa, controlada Techpack AS e Nexus Private Equity. 23/05/2016
HUMORES & RUMORES
M & A – VENDA
- Negocio (quase) fechado. O “Diário de S. Paulo” está sendo vendido para um fundo de investimentos. O anúncio oficial do negócio será feito em breve. Desde 2013, o jornal pertencia a Mario Cuesta, dono do grupo Cereja. 27/05/2016
- BTG busca vender fatia em joint venture com Petrobras. O Grupo BTG Pactual, banco brasileiro que foi forçado a vender ativos após a prisão de seu fundador, André Esteves, no ano passado, está avaliando a venda de sua participação de 50 por cento em uma joint venture africana com a Petrobras, segundo pessoas informadas sobre o assunto. O BTG conversou sobre a venda com petroleiras independentes que operam no continente e com empresas locais, disseram as pessoas, pedindo anonimato porque a informação é privada. A unidade de investment banking do banco vem conduzindo as discussões com possíveis compradores, disseram as pessoas. Não existe garantia de que as negociações levarão a um acordo, disseram as pessoas. O banco com sede em São Paulo entrou em um empreendimento com a Petrobras em 2013 e pagou US$ 1,5 bilhão por uma participação de 50 por cento na divisão africana da petroleira. As operações africanas passaram a ser questionadas em março deste ano, depois que o senador Delcídio do Amaral afirmou, em um acordo de delação premiada, que o BTG pagou um valor baixo pelos ativos de petróleo. O BTG disse que sua oferta foi a mais elevada de uma licitação na qual outras 14 empresas foram convidadas a participar.27/05/2016
- Vale estuda venda de fatia em cobre e fertilizantes. Maior produtora de minério de ferro do mundo, a Vale está impulsionando sua estratégia agressiva de redução de dívida, mantendo conversas iniciais com banqueiros sobre a venda de participações em alguns de seus melhores ativos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Buscando captar cerca de US$ 10 bilhões até o ano que vem para pagar a dívida, a empresa avalia a possível venda de uma participação minoritária de suas operações de cobre no Brasil e da totalidade ou parte de seu negócio de fertilizantes, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as conversas não são públicas. A Vale também aventou a ideia de colocar à venda uma fatia no negócio de minério de ferro, embora seja desafiador conseguir um preço justo dadas as condições de preços fracos atuais da commodity, disseram as pessoas. As conversas estão nos estágios iniciais e a empresa ainda precisa se decidir sobre o curso de ação ou contratar banqueiros para aconselhar sobre as vendas de ativos, disseram. A empresa já está tentando levantar até US$ 5 bilhões com ativos não ‘core’ neste ano, o que inclui a monetização de sua joint venture no setor de carvão em Moçambique, a venda de ativos de energia e uma emissão de ações que a Vale espera concluir neste ano, segundo uma apresentação da empresa. 27/05/2016
- BTG buscará indenização de Generali por punições contra BSI. O banco BTG Pactual informou que vai buscar junto ao grupo Generali indenização por punições sofridas pelo banco suíço de investimento BSI e aplicadas por autoridades na Suíça e em Cingapura, em escândalo de lavagem de dinheiro envolvendo um fundo soberano da Malásia. A autoridade regulatória da Suíça, Finma, aplicou reversão de lucros obtidos pelo BSI com “operações faltosas” referentes a contas bancárias mantidas no BSI de Cingapura associadas ao 1MDB, fundo soberano da cidade-estado, no valor de 95 milhões de francos suíços. Já a autoridade monetária da cidade-estado, MAS, aplicou multa de 13 milhões de dólares de Cingapura. “O BTG Pactual buscará indenização tal como contemplado no contrato celebrado com o grupo Generali a fim de reaver as multas e perdas mencionadas”, afirmou o BTG Pactual em comunicado ao mercado. 24/05/2016
- Renova se reestrutura para ganhar fôlego. A frustrada parceria com a americana SunEdison, em recuperação judicial desde abril, obrigou a Renova Energia a fazer um forte ajuste em suas estruturas. Além de perder dinheiro com o negócio, a Renova – uma das maiores geradores de energia eólica no Brasil – teve de receber aporte de recursos dos sócios, rever o cronograma de obras, cortar despesas e procurar um sócio estratégico para reforçar a capacidade de investimento da empresa. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou prejuízo de R$ 551 milhões, sendo R$ 382 milhões referentes à perda de investimentos com o grupo americano. Em junho de 2015, a Renova vendeu 14 parques eólicos à SunEdison, por cerca de R$ 1,6 bilhão. Desse valor, cerca de R$ 500 milhões entraram no caixa da empresa em dinheiro, e o pagamento restante foi em ações. Com dificuldades financeiras nos Estados Unidos, os papéis da SunEdison despencaram e a Renova teve de contabilizar as perdas. Além disso, foi obrigada a rescindir o contrato de venda de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), de 41,8 megawatts (MW), com o grupo americano. Referência no setor de energia eólica, a empresa tem 770 MW de potência instalada e 11,5% dos parques vendidos para a SunEdison – participação pela qual tem direito a dividendos.24/05/2016
- Governo deve apresentar ativos para tentar atrair investidor estrangeiro. O governo brasileiro pretende realizar uma série de encontros com investidores para dar publicidade a um amplo plano de venda de ativos, uma iniciativa-chave para ajudar a levantar recursos e reduzir o déficit orçamentário recorde. Segundo o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Wellington Moreira Franco, uma rodada dos chamados roadshows é considerada como passo necessário para divulgar os ativos e a estrutura legal e regulatória por trás do programa.A lista de ativos prontos para venda ainda está em produção. O governo do presidente interino, Michel Temer, quer vender fatias majoritárias na unidade de distribuição de combustíveis da Petrobras e na elétrica Furnas, e algumas das instalações operadas pela Infraero, acrescentaram as fontes. Fontes tenham dito que os recursos podem variar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões nos próximos dois anos. Levantamento feito pelos economistas Gesner Oliveira e Luiz Castelli, da GO Associados, mostra que o potencial de recursos obtíveis com a venda de ativos do governo federal é de R$ 127,863 bilhões.24/05/2016
M & A – COMPRA
- Chineses avaliam aquisições de eólicas e solares no Brasil. Energia eólica: transações atualmente em estudo envolvem “alguns bilhoezinhos” e que “sem dúvida” deve haver negócios fechados ainda neste ano, diz especialista. Grandes grupos chineses têm forte interesse no setor elétrico do Brasil e estão negociando atualmente a compra de 750 megawatts em usinas eólicas e 600 megawatts em projetos de geração solar, afirmou nesta quarta-feira um especialista que auxilia os interessados da Ásia a fazerem prospecções no país. “Há muitas, muitas empresas… o Brasil neste momento é um país que dá bons retornos”, disse a jornalistas o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, após participar de evento de energia eólica em São Paulo. 25/05/2016
PRIVATE EQUITY
- Pátria cria empresa de data center. A gestora de fundos Pátria Investimentos fundou a Odata para entrar no mercado de data centers. A empresa recebeu aporte inicial de R$ 200 milhões e vai começar a construir um centro de dados na cidade de Santana de Parnaíba, no interior de São Paulo, nas próximas semanas. A unidade, de 13,5 mil m2, ficará pronta no primeiro trimestre de 2017 e receberá mais R$ 250 milhões em recursos nos próximos três anos. A Odata planeja montar mais três centros de dados em até cinco anos. A empresa ainda pretende adquirir companhias menores para estabelecer uma presença regional na América Latina.27/05/2016
IPO
- BM&FBovespa e PwC lançam guias do Bovespa Mais. A BM&FBovespa e a PwC Brasil lançarão na próxima terça-feira (31) os guias “Bovespa Mais – Como abrir o capital da sua empresa de maneira gradual (um check-up para sua empresa)” e “Bovespa Mais – Como utilizar o mercado de capitais para financiar o crescimento da sua empresa ”. 27/05/2016
- Ascenty prevê IPO nos EUA em 2016. A brasileira Ascenty, de centros de dados, pretende fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO) na Nasdaq, nos Estados Unidos, até o fim do ano. Com o processo, a companhia criada em 2010 pretende levantar entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões, disse o fundador da companhia.25/05/2016
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
- Daruma compra 40% da Migrate. A Daruma adquiriu uma participação de 40% da gaúcha Migrate Company com o objetivo de incrementar sua oferta de automação comercial. Com o negócio, a Daruma vai oferecer o sistema em nuvem da Migrate para emissão e gestão de documentos fiscais eletrônicos juntamente com os equipamentos de automação. O foco da empresa era busca um sistema que atendesse a emissão de nota fiscal eletrônica (NF-e) e nota fiscal do consumidor eletrônica (NFC-e). A Daruma ainda tem a expectativa de dobrar seu faturamento em 2016. No ano passado, a receita de empresa ficou em R$ 140 milhões. 25/05/2016
- Brasil/CT adquire parte da Único. A Brasil/CT, empresa do mercado de varejo online, adquiriu uma participação societária na Único Sistemas, focada em tecnologia integrada ao ponto de venda e sistema de gestão cloud para relacionamento e fidelização de consumidores. A abordagem da Brasil/CT é oferecer o que chama de “Full Omni Retail Services”, uma plataforma que integra e operacionaliza a expansão de vendas online das empresas, incluindo os principais marketplaces do Brasil e cadeias de lojas físicas. 24/05/2016
- Para fortalecer RP e conteúdo, CasaDigital compra FirstCom. Agência digital de Luiz Villar incorpora agência de relações-públicas de Luis Claudio Allan com objetivo de ampliar entregas no online. A CasaDigital anuncia a aquisição da FirstCom Comunicação, agência de relações públicas e comunicação corporativa comandada pelo jornalista Luis Claudio Allan. Com a incorporação, o sócio-fundador da FirstCom, Indio Brasileiro, deixa a sociedade para trabalhar em novos projetos na área de negócios e marketing, enquanto Allan permanece como sócio e diretor executivo. Na nova configuração, a FirstCom passa a integrar holding CasaCorp e reforça a oferta de serviços das duas agências com base no modelo que combina marketing digital, conteúdo e RP. 23/05/2016
- Telefónica assume o controle da brasileira AxisMed. Compra de 100% das ações estava prevista há três anos, quando o grupo anunciou a aquisição de 50% da companhia de saúde. O Grupo Telefónica acaba de adquirir 100% de controle da AxisMed, empresa brasileira focada em gestão de saúde populacional. Segundo a operadora, o negócio permitirá acelerar o desenvolvimento de uma proposta completa de serviços no mercado local, com foco em operadoras de saúde, corporações e indústria farmacêutica. O negócio conclui a transação iniciada em dezembro de 2012, quando o Grupo Telefónica comprou 50% da AxisMed. O contrato assinado na época previa que, depois de três anos, o grupo faria a aquisição do percentual restantes do controle da empresa.23/05/2016
- Grupo de investidores paulistas adquire parte da Agro Seed’s Mato Grosso. A empresa Agro Seed’s foi parcialmente adquirida por um grupo de investidores paulistas denominados SPF Investimentos e Participações S.A. O grupo é composto por empresários e investidores com muita experiência no mercado financeiro internacional. De acordo com o atual diretor da Agro Seed’s, Dalton Roberto Cagnini, a entrada dos novos acionistas, além de aumentar o potencial de investimentos na região, tem como objetivo fomentar o agronegócio mato-grossense, além de ampliar tecnologias e inovações para o mercado. O diretor frisou, ainda, que os sócios que deixaram a empresa darão sequência na administração dos armazéns. 23/05/2016
RELATÓRIOS – DESTAQUES DA SEMANA
- SEMANA ANTERIOR >>> 16 a 22/mai/2016>>>
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 83 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM ABRIL/16
- TI – RADAR de Fusões e Aquisições, em abril/2016
QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES – DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidos a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado” pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. Caso o conteúdo estiver em desacordo, nos contate que estaremos retirando o mesmo ou corrigindo a respectiva informação. Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES