Em seu retorno à CVC, Guilherme Paulus mostrou mais apetite do que se esperava. O fundador da operadora de turismo, que saiu do negócio em 2018 em meio a uma investigação da Polícia Federal, subscreveu R$ 100 milhões em ações em follow-on chamado para socorrer a companhia, acima do seu compromisso inicial de aportar R$ 75 milhões.

O total levantado pela oferta primária também surpreendeu. Devido ao excesso de demanda, a CVC dobrou a quantidade de ações ofertada e captou R$ 549,9 milhões, ao preço de R$ 3,30 por ação, um desconto de 13,8% em relação ao fechamento de ontem. Antes, a expectativa era movimentar até R$ 200 milhões.

Do montante levantado, R$ 115 milhões vão compor o capital social da CVC, que passa a somar R$ 1,53 bilhão, e os outros R$ 435 milhões se destinam a reservas de capital. Ao todo, foram 166,6 milhões de ações emitidas, com 83,3 milhões em bônus de subscrição como vantagem adicional, na proporção de um bônus para cada duas ações subscritas na oferta.

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Quando protocolou o follow-on, na semana passada, a companhia disse que pretendia usar os recursos para fazer uma oferta de aquisição de duas emissões de debêntures, no valor total de R$ 75 milhões, reforçar o capital de giro e melhorar a estrutura de capital. A CVC precisava fazer um follow-on de ao menos R$ 125 milhões até novembro, conforme acordado em seu plano com credores, que reestruturou R$ 655 milhões em dívidas que venciam no curto prazo… leia mais em Pipeline 23/06/2023