A IBBX uma startup que captura a energia desperdiçada em um ambiente para carregar dispositivos, sem auxílio de cabos ou fios — acaba de receber um aporte de R$ 8 milhões da Finep, agência ligada ao governo federal para fomento a pesquisa e inovação.

O dinheiro — fruto de um edital da Finep vencido pela startup em um processo seletivo que levou mais de um ano — não é a primeira nem a maior captação da IBBX, mas vai ajudá-la em um projeto para ampliar as aplicações de sua tecnologia proprietária.

Sem poder ainda revelar maiores detalhes sobre o projeto, a IBBX tem como objetivo de longo prazo inserir sua solução em dispositivos pessoais e residenciais. Até aqui, a tecnologia vinha sendo usada pelo agronegócio e pela indústria, por clientes como Saint-Gobain, Eternit, Unilever e Nestlé — ao todo, são cerca de 90 plantas monitoradas. Agora, a startup avança em conversas com duas potenciais parceiras para que a ferramenta chegue aos consumidores finais.

“Nosso propósito é livrar a humanidade dos cabos e baterias”, diz Luis Fernando Destro, fundador e CEO da IBBX. “Esperamos que daqui a três anos você possa entrar na casa de um amigo, num McDonald’s ou Starbucks, e pedir não só a senha da WiFi como também a senha da energia para carregar seu celular, seu fone, seu smartwatch. A gente já provou a tese na indústria e agora podemos escalar para outros segmentos.”

Com sua solução, a IBBX já conseguiu eliminar a figura do “battery guy” nas fábricas dos seus clientes. Assim como o celular é carregado em casa, um funcionário precisava passar carregando (ou trocando a bateria) de todo o maquinário da indústria para que a linha de produção continuasse girando. Com um sistema de antenas, a startup consegue carregar automaticamente os dispositivos, sem uso de cabos ou fios — e ainda utilizando energia que seria desperdiçada.

Também por isso é tão importante a garantia da propriedade intelectual para a IBBX. A startup acaba de aprovar uma nova patente no United States Patent and Trademark Office (USPTO), nos EUA. A conquista do PCT é um marco que permite avanços nas pesquisas. No Brasil, a empresa também tem registros. Ao todo, são quatro patentes concedidas e outras duas depositadas. Em breve, a startup deve também buscar reconhecimento na União Europeia e na Ásia, para poder operar nas regiões.. leia mais em Pipeline 13/03/2024