A abertura regulatória do mercado de seguros tem chamado a atenção de investidores de olho em potenciais novos “unicórnios” (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) brasileiros entre as insurtechs.

O mercado faz um paralelo com as empresas de adquirência, as “maquininhas” de cartão de crédito, que passaram pelo mesmo processo em 2010. Até então, havia muita concentração e a flexibilização proporcionou uma grande evolução e a criação de empresas como PagSeguro e Stone.

“É provável que se tenha alguma coisa, sim [surgimento de novos unicórnios entre as insurtechs]. Algumas podem ser adquiridas pelas próprias fintechs que surgiram na primeira onda”, diz o presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), Piero Minardi. Para ele, como há várias vias de crescimento, existe espaço para muitas empresas crescerem, o que torna este mercado menos arriscado para o investidor.

No mapa de insurtechs elaborado pela consultoria Digital Insurance há mais de 100 startups. Além das empresas que foram selecionadas na primeira turma do sandbox regulatório da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o levantamento aponta outras seguradoras com novos modelos de negócios e empresas que atuam na distribuição e prestação de serviços.imagem do unicórnio

Pioneira entre insurtechs, a Minuto Seguro optou por ser comprada pela Creditas, em negócio anunciado nesta semana. Segundo o fundador da corretora digital, Marcelo Blay, a empresa entendeu que o negócio era complementar à fintech. A Minuto já tinha recebido mais de R$ 40 milhões em três rodadas e era assediada por investidores e banqueiros para um eventual IPO.

“Há uma proliferação de insurtechs. A Minuto foi da primeira onda, em 2012, e só nós sobrevivemos. O consumidor ainda não está atrás dos produtos, é preciso criar uma cultura de seguros”, disse Blay. Autor: Juliana Schincariol Referência: Valor Econômico Leia mais em capitólio 23/07/2021