O conselho de administração da Méliuz (CASH3) aprovou a proposta de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da Bankly, banco digital e sua subsidiária, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (14).

Segundo a companhia, a operação ainda depende da conclusão dos estudos para a segregação de suas operações de soluções de pagamento e banking as a service que operam utilizando a marca Bankly, bem como da obtenção das aprovações necessárias, de acionistas e credores, bem como dos órgãos reguladores aplicáveis.

O que o mercado acha do movimento da Méliuz?

No dia 24 de outubro, a empresa anunciou os estudos para cisão de banco digital Bankly. No dia seguinte ao comunicado, as ações dispararam.

Os analistas do BTG enxergam que a eventual cisão pode abrir espaço para que o negócio central da Méliuz seja vendido para um player estratégico.

Imagem: Méliuz

Embora a estrutura de segregação ainda não esteja definida, isso também pode permitir que eles alcancem novo capital para financiar cada estratégia separadamente, afirmam Renan Manda e Matheus Guimarães, da XP Investimentos.

Além disso, a cisão pode dar aos seus atuais acionistas mais flexibilidade para investir em qualquer um dos veículos, que possuem dinâmicas muito diferentes, separadamente.

Pedro Leduc e equipe do Itaú BBA estimam que a Bankly deve fechar 2022 com cerca de R$ 70 milhões em receita, o que deve dobrar em 2023 à medida que produtos e clientes ganham força.

“Isso tem um custo, no entanto, e a Bankly pode ou não participar do risco de crédito, o que exigiria capital. Uma entidade independente com sua própria governança e formas adicionais de angariar fundos podem ajudar a acelerar o crescimento”, avaliam.

O BTG ainda destaca que, além de desbloquear valor para os acionistas, a cisão pode ajudar a atrair mais investidores interessados ​​exclusivamente em Bankly ou Méliuz, possibilitando a venda, total ou parcial, do negócio central da Méliuz… saiba mais em Money Times 14/11/2022