O Painel Bap, o primeiro painel afrobrasileiro de pesquisas, é uma plataforma onde empresas e instituições realizam pesquisas de mercado e estudos de opinião, e pessoas de diversos perfis participam de pesquisas remuneradas e recebem recompensas em dinheiro e produtos de afroempreendedores.

Após seis anos de trabalho, em 2022 o Painel Bap foi escolhido para ser uma das startups pretas lideradas por mulheres a serem aceleradas por um Programa de Aceleração liderado pelo Pretahub e Meta, e agora recebe um aporte pré-seed de Investidor Anjo, cujo objetivo, além de fomentar o afroempreendedorismo, é criar um fundo de investimento em empresas pretas inovadoras, e o Painel Bap foi a primeira empresa a receber um aporte.

Trajetória do Painel Bap

O Painel Bap foi lançado em 2016, mas a sua história começa antes em Paris, onde a fundadora Luanna Teofillo fazia mestrado na Universidade Sorbonne Nouvelle e trabalhava em uma startup de pesquisas online. Ao voltar ao Brasil, se deparou com uma oportunidade de negócio ao ver que pessoas pretas e periféricas não participavam de estudos de opinião online, logo as empresas não conheciam as opiniões e experiências desses consumidores.

“Trabalhando na startup em Paris, eu percebi que havia um gap na oferta de valor oferecidas pelas empresas de pesquisa online: se um lado a tecnologia possibilita que as pesquisas sejam mais inclusivas, pessoas pretas e periféricas não tinham voz nestes estudos por serem minoria de representatividade e acesso. Eu tive a sorte de ao voltar ao Brasil encontrar um cenário efervescente de startups e empresas pretas e o conceito de diversidade e representatividade tomar conta da narrativa. Além de uma oportunidade de negócio através de um produto tecnológico inovador. Não poderia ser em um momento melhor. “ Luanna Teofillo, fundadora e CEO do Painel Bap, 2023.

Afrotech e o futuro do mercado

Nesta época houve um crescimento no ecossistema afroempreendedor brasileiro, nascendo além do Painel Bap, outras startups inovadoras como Movimento Black Money, Diáspora Black, Conta Black, Batekoo, EmpregueAfro, entre outras afrotechs: empresas pretas inovadoras que buscam resolver problemas sociais causados pelo racismo estrutural utilizando sabedoria ancestral e tecnologia.

Mais do que pesquisas de mercado e impacto na criação de produtos e serviços, ou fortalecendo a voz da população preta e periférica em pesquisas institucionais sobre temas sociais relevantes e políticas públicas, o Painel Bap é uma comunidade onde o sistema de prosperidade comunitário é o modelo de negócio, o potencial de impacto social é empolgante.

A gestão do negócio é realizada através da aplicação de princípios africanistas, como ubuntu aplicado aos negócios e Igba-Odibo, o sistema de aprendiz Igbo, em um ambiente tecnológico onde metodologias ágeis são executadas para entregas e resultados.

Milhares de pessoas já passaram pela comunidade e mais de 200 mil reais já foram oferecidos como recompensas. A partir de 2022, além das recompensas em produtos e serviços, o Painel Bap passou a oferecer o Pix, pix para qualquer banco, impactando no crescimento da empresa e no potencial de desenvolvimento.

Próximos passos

A startup vem investindo em crescimento e se prepara estruturalmente para receber novos investimentos e escalar o negócio. Atualmente o Bap está presente no Brasil e Portugal e neste quarter planeja o lançamento do Bap Panel, o Painel Bap nos Estados Unidos.

Segundo a executiva, a cultura da empresa, organização e experiência da fundadora e de todo o time, foi o que chamou a atenção do Investidor Anjo e espera atrair mais capital. O Painel Bap provou ser uma empresa sólida com uma entrega de valor necessária comprovada pela operação que vem construindo e com grandes oportunidades de negócio… leia mais em Gazeta da Semana 08/05/2023