A QI Tech, fintech de infraestrutura para serviços financeiros, anunciou a aquisição de 100% da corretora Singulare (antiga Socopa), por valores não revelados. Em agosto de 2021 a Singulare já havia vendido sua plataforma de varejo para a XP e, desde então, atuava somente com administração e custódia, tendo atualmente R$ 97 bilhões sob seu guarda-chuva, em 960 fundos. A QI Tech recebeu no fim do mês passado um aporte de US$ 200 milhões (quase R$ 1 bilhão) liderado pela General Atlantic.

A Singulare é a líder em número de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) administrados, posição que mantém por 11 anos consecutivos, de acordo com o ranking da UQBAR, importante associação do setor.

“Estamos muito felizes em anunciar a entrada da Singulare na QI Tech. Eles possuem uma tradição de atendimento excelente e reputação muito sólida no mercado de capitais que vamos preservar. A aquisição reforça nossa posição de liderança e faz parte da estratégia de crescimento como infraestrutura na jornada de crédito”, diz Pedro Mac Dowell, CEO da QI Tech.

QI Tech compra corretora Singulare

Álvaro Augusto de Freitas Vidigal, conhecido como Guti, separou a então Socopa do Banco Paulista — controlado por seu pai — em 2020. Após a venda da parte de varejo para a XP, costuma brincar que a Singulare é a única corretora de valores do Brasil que não faz corretagem.

“A venda para a QI Tech tem como objetivo unir forças e manter a empresa preparada para o futuro do mercado de administração fiduciária, unindo o know-how de sua equipe à mais avançada tecnologia”, diz.

Esta é a terceira aquisição por parte da QI Tech. Em 2021, após levantar R$ 270 milhões em rodada liderada pelo GIC (Fundo Soberano de Singapura), a companhia abriu uma vertical de antifraude, onboarding e motor de crédito a partir da compra da Zaig, startup especializada no setor. Este ano, foi a vez do Builder’s Bank, reforçando o Banking as a Service (BaaS) com um aplicativo whitelabel. A fintech também colocou de pé este ano sua distribuidora (DTVM), após ter recebido autorização do Banco Central no fim do ano passado. E ainda possui uma licença de sociedade de crédito direto (SCD)… leia mais em Valor Econômico 14/11/2023