Recuperação de empresas significa divisão de perdas entre todos os ‘players’, diz Tanure

Eis um antigo bordão que faz sucesso entre valentões: “Dou um boi para não entrar numa briga, mas, uma vez dentro, dou uma boiada para não sair”.  Pode parecer imprudente, mas tamanha disposição para o confronto também se aplica ao mundo corporativo. Prova disso são as disputas societárias.

Elas são guerras nas quais, na maioria das vezes, o que está em jogo é o controle de uma empresa. Não raro, dispõem em lados oposto do ringue tanto parentes (pais contra filhos, irmãos contra irmãos) como gigantes empresariais. Todos em busca do mesmo objetivo – cifras, em geral, bilionárias.

Pela singularidade dessas lutas e pelo turbilhão de emoções que podem evocar, é comum que façam emergir um pouco de tudo. E “tudo”, neste caso, significa exatamente isso: “Tudo!”.

Advogados relatam reuniões de litígios que, em vez de acordos, produziram braços quebrados e ameaças de morte.

Tamanha virulência não é regra geral, mas impressiona o grau de tensão e ira que esses conflitos podem despertar, mesmo entre parceiros de porte mundial. Ou seja, até gigantes multinacionais se enchem de uma fúria insana nesses momentos de impasse. Considere, por exemplo, o caso da Usiminas. …

Até que ponto problemas dessa ordem são comuns?
Uma pesquisa feita por Renato Bernhoeft, da Höft Consultoria, indica que os conflitos societários são a principal causa do desaparecimento de 70% das sociedades no Brasil. “Elas evaporam do mapa ou são vendidas por causa desses entraves”, diz Bernhoeft. Ele lembra que histórias …

“As pessoas aceitam até ter prejuízo só para não ceder diante da batalha. De fato, é até um pouco louco”, diz Márcia Setti, sócia do PLKC Advogados …

“Quando existe briga acirrada, o mercado aplica desconto no valor da companhia”, diz Parente, do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga …
  Leia mais em valoreconomico 03/08/2018