Redução de IPOs no Brasil segue tendência global, diz consultoria
O Brasil seguiu a tendência mundial nos IPOs (ofertas públicas de ações) deste ano, segundo a EY.
Houve uma queda no número de empresas que colocaram suas ações na Bolsa, mas a quantidade de megaoperações aumentou.
Em momentos de tensão, o risco reduzido das ofertas de grande porte chama mais a atenção dos investidores, segundo Guilherme Sampaio, sócio da consultoria.
Um bom exemplo foi a abertura de capital do grupo japonês Softbank, que captou 2,65 trilhões de ienes (R$ 93 bilhões, de acordo com a cotação do câmbio atual).
As causas de incerteza que explicam essa tendência, porém, são distintas, conforme afirma o executivo da empresa de auditoria.
No cenário global, há uma tensão geopolítica crescente entre a China e os Estados Unidos, além das dificuldades ocasionadas pelas negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia?, diz ele.
Enquanto isso, no Brasil, a seca das ofertas no segundo semestre esteve ligada ao cenário político e econômico interno.?
A expectativa é que as listagens na B3 em 2019 se concentrem entre o fim do primeiro trimestre e o segundo, afirma Sampaio.
Há uma fila, tivemos 6 ou 7 companhias que postergaram os IPOs neste ano e algumas outras que já tinham se preparado. A prova de fogo será como se dará a discussão econômica nos primeiros cem dias do governo.?
Corretoras de criptomoedas se readequam a regras e valores
A queda das cotações de bitcoins e uma provável mudança de regulamentação brasileira sobre criptomoedas têm levado as empresas do segmento a se rearranjar e discutir qual a melhor forma de responder às mudanças.
A Receita Federal ouviu sugestões sobre propostas para aperfeiçoar a cobrança de impostos e a coleta de informações sobre os correntistas.
O volume de dados que o órgão quer obrigar as corretoras a entregar as forçaria a contratar mais gente, o que elas não conseguem fazer, diz Fernando Furlan, da Associação Brasileira de Criptoativos.
Esse é um setor novo, a exigência representa gastos e despesas que podem implicar a inviabilização de negócios.
A queda de valor da principal moeda, bitcoin, fez empresas se readequarem, diz Natália Garcia, diretora jurídica e sócia da Foxbit.
É um amadurecimento. Tem muita corretora à venda ou em busca de fusões. Mercado Aberto
– Folha de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 25/12/2018