Uma das pioneiras no segmento de compra e venda de smartphones seminovos e recondicionados, a startup absorveu os negócios da concorrente no mercado brasileiro. E, de quebra, trouxe o Softbank para o seu quadro de acionistas

Uma das pioneiras no mercado local de compra e venda de smartphones seminovos e recondicionados, a Trocafone captou, desde 2014, R$ 200 milhões junto a investidores. O último aporte, de R$ 30 milhões, veio em dezembro e foi liderado pelos fundos Barn Investimentos, Bulb Capital e Wayra.TrocafoneOutro passo recente e importante nessa trajetória foi dado, porém, sem nenhum alarde. Conforme apurou o NeoFeed, em meados de 2020, a startup incorporou a operação brasileira da Brightstar, empresa fundada em 1997, em Miami, Estados Unidos, e um dos principais nomes desse segmento.

“A Brightstar vinha perdendo mercado e entendeu que não conseguia competir com a nossa operação”, diz Guille Freire, cofundador e CEO da Trocafone, que confirmou a concretização do acordo ao NeoFeed. “Com isso, eles decidiram sair do País.”

Mantido em segredo até então, o acordo não envolveu nenhum desembolso financeiro. “Com a transação, eles (Brightstar) se tornaram acionistas da Trocafone. Juntamente com o Softbank, que controlava a Brighstar”, afirma Freire. A participação em questão dos novos acionistas na startup não foi divulgada.

A saída do Brasil integra uma estratégia mais ampla da Brightstar e também do Softbank – a fatia na Trocafone não tem nenhuma relação com o fundo que a companhia tem para investir em startups na América Latina.

Desde 2020, o fundo japonês vem dando sequência a um plano de desinvestimentos, ao se desfazer das participações em ativos que não se encaixam mais com a sua tese de investimento.

Em setembro de 2020, pouco tempo depois do acordo firmado com a Trocafone, o Softbank vendeu sua participação nas demais operações da Brightstar para uma subsidiária do fundo de private equity Brightstar Capital Partners, por uma quantia não revelada. Além do dinheiro, o fundo japonês ficou ainda com uma fatia de 25% no fundo em questão.

Fundada pelo boliviano Marcelo Claure, hoje considerado o braço-direito de Masayoshi Son, fundador e CEO do Softbank, a Brighstar teve seu controle adquirido pelo fundo japonês em 2013, por meio de um investimento de US$ 1,26 bilhão…. Leia mais em neofeed 22/03/2021