A BRK Ambiental deve, em breve, retirar o IPO da rua. Segundo três fontes, o preço pedido pela companhia, um valuation entre R$ 9 bilhões e R$ 9,5 bilhões, não teve boa aceitação junto a investidores nesse momento sensível de mercado. A companhia, que é uma sociedade entre Brookfield e FI-FGTS, havia reativado a operação oficialmente em maio, com 10 bancos coordenadores.

A BRK planejava uma oferta primária e secundária no ano passado e já havia alterado a operação para buscar apenas recursos para o caixa, uma forma de tornar a oferta mais atraente, apostando na expansão do negócio. O IPO era uma pressão especialmente da Caixa, então comandada por Pedro Guimarães.

O valor de R$ 9 bilhões é avaliação da companhia no balanço da Caixa – os 30% do FI-FGTS são contabilizados a R$ 2,7 bilhões, deixando pouco espaço para os coordenadores negociarem preço. Para duas fontes, o teste de mercado pode servir para fazer os acionistas da BRK passarem a considerar uma fusão com companhia concorrente, como Aegea ou Iguá, ou um terceiro sócio investidor.

Sem IPO BRK Ambiental pode considerar M&A
Imagem/BRK Ambiental

Os acionistas da Iguá, como mostrou o Pipeline meses atrás, têm interesse no assunto. Mas não há conversas nesse sentido hoje, disse a fonte. “Lá atrás, a abordagem não foi muito bem vista. Mas pode voltar a ter porta aberta”, diz um executivo do setor.

A gaúcha Corsan, também do setor de saneamento, suspendeu a oferta inicial na última semana. A transação levaria à privatização da companhia, e também tem piso de preço estabelecido pelo governo… leia mais em Pipeline 11/07/2022