O Grupo SMZTO — a holding de franquias do empresário José Carlos Semenzato — acaba de investir na RoyalFace, a líder do ainda pequeno mercado brasileiro de botox e estética facial.

O valor do investimento não foi revelado, mas tipicamente o SMZTO compra de 20% a 30% do capital das empresas.

O acordo inclui ainda uma opção de compra que pode dar ao SMZTO o controle da RoyalFace nos próximos anos.

O investimento é uma aposta de Semenzato num mercado que tem crescido em média 30% ao ano nos últimos cinco anos, e com uma penetração ainda muito baixa no Brasil. Só 8% dos brasileiros já fizeram alguma aplicação de botox ou tratamento de estética facial.

(Além do botox, esses tratamentos incluem preenchedores faciais, fios de sustentação e os chamados bioestimuladores, usados para deixar a pele mais firme).

“Sendo conservador, acho que podemos dobrar o tamanho da rede em dois ou três anos,” Semenzato disse ao Brazil Journal. “E isso considerando os juros e inflação de hoje. Se a economia reagir de forma positiva, o crescimento pode ser muito maior.”

Semenzato encara o botox: um aporte na RoyalFace

Com 250 clínicas espalhadas pelo Brasil, a RoyalFace fez um sell-out (a venda total das franquias) de R$ 245 milhões no ano passado, cerca de R$ 1 milhão por clínica.

A estimativa para este ano é chegar a R$ 300 milhões, e a R$ 1 bilhão em dois ou três anos.

Esse crescimento virá em parte da expansão do número de clínicas, e em parte da adição de dois novos grupos de serviços ao portfólio da companhia.

Segundo Semenzato, esses novos serviços serão implementados nos próximos meses e devem gerar um aumento de 30% no sell-out já no curto prazo.

A RoyalFace é líder de um mercado que ainda tem poucos players com escala. O segundo maior é a Botoclinic, que recebeu um investimento de R$ 100 milhões do fundo de private equity da XP em 2020. Hoje, a rede tem pouco mais de 160 unidades — todas próprias.

Bruno Semenzato, o CEO do SMZTO e filho do fundador, disse que a Botoclinic tem um perfil diferente da RoyalFace.

“A estratégia deles é muito capital intensiva, então está bem mais difícil para eles crescerem agora que o juro está alto,” disse ele. “Além disso, eles estão concentrados em áreas mais nobres e focados num público mais elitizado.”

A RoyalFace também atende clientes A- e B+ em algumas praças, mas “o nosso modelo de negócios é muito competitivo e aderente nas classes mais baixas,” disse Bruno.

A RoyalFace tem conseguido democratizar os tratamentos — segundo a companhia, sem afetar a qualidade — por conta da escala que ganhou, que lhe permite ter “a melhor condição de compra do mercado”, e por conta de iniciativas como o ‘carnê da beleza’, que permite que os clientes parcelam o tratamento em até 12 vezes.

Fundada em 2016, a RoyalFace é o projeto de vida da dentista Andrezza Fusaro, que abriu sua primeira clínica quando decidiu mudar seu consultório para um lugar maior…. leia mais em Brazil Journal 13/06/2023