A Syngenta Proteção de Cultivos acaba de chegar a um acordo para a aquisição da distribuidora de insumos agrícolas Produtécnica, uma rede de seis lojas, distribuídas por Tocantins, Maranhão e Piauí. Com o negócio, o quarto do gênero que fecha nos últimos três anos, a companhia passa a ter, pela primeira vez, unidades de varejo próprias em todas as regiões do país, o que sacramenta a estratégia que ela pôs em marcha há cinco anos.

Em 2019, a Syngenta deu o primeiro passo para atuar diretamente na revenda de insumos ao criar a Atua Agro, que concentra suas operações no Sul do país. A rede cresceu desde então — hoje, ela tem 44 lojas —, mas, com a experiência, a multinacional percebeu que o crescimento orgânico não seria suficiente para ela ganhar corpo na distribuição na velocidade que gostaria.

Com isso, a Syngenta foi às compras. A primeira aquisição, que ocorreu em 2021, foi a da mato-grossense Dipagro. No ano seguinte, a múlti incorporou a Agro Jangada, de Mato Grosso do Sul, e, em 2023, a Agrocerrado, de Minas Gerais.

Somadas as seis unidades da Produtécnica, a Syngenta terá cerca de 90 lojas próprias, além de mais de 200 distribuidores parceiros e cooperativas. A múlti não informou o valor do negócio, que depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Syngenta comunicou a autarquia sobre o acordo na noite de ontem.

As lojas da Produtécnica ficam nos municípios de Balsas e Açailândia (MA), Bom Jesus (PI) e Araguaína, Gurupi e Palmas (TO). Elas vão integrar a Synap, a plataforma de distribuição da Syngenta.

A aquisição deve estreitar a relação da marca com os agricultores da região do Mapito, como é conhecida a confluência entre Maranhão, Piauí e Tocantins. De acordo com André Savino, presidente da unidade de proteção de cultivos da Syngenta no Brasil, o objetivo é garantir que os produtos da companhia cheguem a pequenos, médios e grandes agricultores. “Somos uma empresa de inovação e estamos na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias de ponta”, disse ele ao Valor.

As aquisições consecutivas não aplacaram totalmente o apetite da Syngenta. Apesar de não haver novas negociações em curso no momento, o presidente da divisão de Proteção de Cultivos na América Latina, Juan Pablo Llobet, disse que a empresa continuará “atenta a oportunidades que façam sentido do ponto de vista do negócio”.

No movimento de consolidação do mercado de distribuição de insumos, a Syngenta trilha um caminho que segue lógica própria. “Buscávamos capacidade técnica e proximidade com o agricultor que posicionassem a nossa inovação no mercado”, destacou o ..leia mais em Globo Rural 28/03/2024