Ainda que o Brasil deva atravessar três meses de deflação, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (5) que a batalha contra a inflação ainda não está ganha e, portanto, a autoridade monetária ainda não vislumbra cortes de juros.

“No Brasil, como começamos o processo de aperto monetário mais cedo e de maneira rápida, existe a percepção de que estamos no fim do processo e um dos únicos países em que o mercado espera cortes de juros. A gente não pensa em corte de juros no momento. Pensamos em finalizar o trabalho e isso significa a convergência da inflação. O Banco Central entende que ainda há um elemento de preocupação grande com a inflação no Brasil”, disse o presidente do Banco Central, no Valor 1000.

Valor 1000: Não pensamos em queda de juros no momento

Segundo ele, o movimento de queda inicial da inflação no país ocorreu, em grande parte, devido às medidas recentes do governo para conter os preços administrados, como energia e combustíveis. Para Campos Neto, no entanto, a medida adotada pelo governo está em linha com diversos outros países do mundo, que gastaram algo próximo a 1,5% ou 2% do PIB em medidas para conter os preços de energia, que vêm apresentando forte alta global… leia mais em Valor Econômico 05/09/2022