Depois de atingir a meta de investir R$ 4,5 bilhões no ano em apenas nove meses, a Vamos já assegurou mais de R$ 2 bilhões para continuar ampliando a frota de caminhões e máquinas, uma estratégia para não perder a crescente demanda do agronegócio e a tendência de indústrias que desejam reduzir a frota própria.

No balanço que acaba de ser divulgado, a Vamos bateu recordes. No terceiro trimestre, a companhia de aluguéis de caminhões e máquinas do grupo Simpar — holding da família Simões que também controla JSL e Movida —fez R$ 150 milhões de lucro líquido, o maior da história.

“Parece que foi um ano em um trimestre. Colocamos a Vamos em outro patamar”, disse o CEO da Vamos, Gustavo Couto, ao Pipeline. No trimestre, a receita líquida aumentou 66%, alcançando R$ 1,37 bilhões. No acumulado do ano, a companhia atingiu uma receita de R$ 3,5 bilhões, um salto de quase 75%.

Desde que fez o IPO, no início do ano passado, a Vamos acelerou o crescimento com a aquisição de caminhões, máquinas agrícolas e empilhadeiras. A expansão chegou a gerar questionamentos no mercado sobre o nível de endividamento e os desafios para sustentar o crescimento, mas a companhia levantou R$ 641 milhões com um follow-on em setembro.

Vamos garante R$ 2 bi
Imagem/Vamos

Além dos recursos da recente oferta de ações, a Vamos também engordou o caixa com mais R$ 1,3 bilhão ao vender recebíveis. “Colocamos R$ 2 bilhões no caixa para continuar crescendo em 2023”, frisou o CEO da companhia.

Com o caixa reforçado, as métricas de endividamento da Vamos melhoraram. O índice de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) caiu das 3,26 vezes registradas no fim do segundo semestre para 2,68 vezes. Nesses níveis, o balanço da Vamos comporta a continuidade de aquisições da frota — os covenants da companhia preveem um limite de alavancagem de 3,75 vezes.

Anualizando o Ebitda do terceiro trimestre, o indicador ficaria em apenas 2 vezes, o que indica mais espaço para compras. No trimestre, o Ebitda da Vamos atingiu R$ 554 milhões (aumento de 90,2%), com uma margem de 40,9%.

Segundo Couto, a empresa vai se beneficiar das novas especificações do Euro 5, que entra em vigor em janeiro. .. leia mais em Pipeline 27/10/2022