A Vivo ainda não especifica em números enquanto o fechamento da aquisição da Oi Móvel não sai, mas já adianta que tem boas expectativas com sinergias, sobretudo ao evitar Capex. Em teleconferência sobre resultados do último trimestre e do consolidado de 2021 nesta quarta-feira, 23, o CEO da operadora, Christian Gebara, destacou que haverá impacto significativo especialmente na região Nordeste, onde a tele tem a menor participação de mercado.

Isso porque a maior parte dos ativos da Oi Móvel que a Vivo receberá será justamente onde tem a menor participação de mercado (a previsão total de migração para a tele do grupo Telefônica é de mais de 10 milhões de usuários). “Considerando que a maior parte dos clientes [adquiridos] é no Nordeste, temos a maior rede móvel e de melhor qualidade na região, então podemos facilmente oferecer o melhor serviço”, declarou o executivo.

O que a operadora busca é otimização das frequências, combinando os 43 MHz que receberá da Oi com as próprias faixas já utilizadas. “As sinergias são mais em custo e evitando o Capex”, diz Gebara. “Considerando que o 4G da Oi já é bem limitado, porque eles não tinham a faixa de 700 MHz, acho que não terá tanto destaque nas receitas”, coloca, lembrando ainda que o lançamento do 5G vai adicionar mais espectro – e eficiência espectral.

Vivo prevê mais sinergias com aquisição da Oi

Ele lembrou que a empresa já tem experiência com a otimização de custos com a incorporação de ativos. “Temos bom histórico de captura de sinergias com Vivo [comprada em 2010 da Portugal Telecom] e GVT [adquirida em 2015 do grupo Vivendi]”, colocou Gebara. Haverá ainda sinergia no atendimento: segundo o CEO, os canais digitais da companhia deverão ajudar no recebimento dos novos clientes. “Temos capacidade de rede para recebê-los. Temos lojas e canais digitais para servir aos clientes de forma mais eficiente”, promete. … leia mais em TeleTime 23/02/2022