A XP criou um ambiente de negociação de ativos ilíquidos para cotas de fundos de private equity, venture capital (VC) e outras classes do universo de alternativos, como carteiras de créditos estressados e de situações especiais, que em geral têm ciclos longos de investimentos e restrição de resgate. Com a ferramenta, a expectativa é fomentar um mercado secundário no Brasil, e, de quebra, destravar as ofertas primárias, segundo Gustavo Pires, sócio responsável pela área de serviços de gestão de recursos da XP.

A tecnologia chega num momento em que a Anbima, que representa o mercado de capitais e de investimentos, discute com o regulador mudanças na diferenciação entre o público geral e os perfis que podem investir em produtos mais sofisticados. O pleito é tirar o carimbo de investidor qualificado e profissional pelo tamanho do bolso, atualmente definidos como quem tem R$ 1 milhão e R$ 10 milhões em patrimônio financeiro, respectivamente.

XP cria plataforma
Freepik

“A gente olha o tema de alternativos lá fora e vê que é o mercado que mais cresce e que gerou os retornos mais significativos. É uma questão de tempo para ser relevante no Brasil”, diz Pires. “A despeito de outras classes de ativos que não emplacaram, essa já está emplacando”, acrescenta, referindo-se aos números expressivos da indústria de private equity (que investe na compra de participação de empresas mais maduras) e de venture capital (que faz aportes em startups)… leia mais em Valor Econômico 18/04/2022