A rejeição ocorre após um acordo entre parte dos minoritários e os bancos que elevou para R$ 5,60 o preço por ação na OPA, uma alta 4,67% ante a oferta original.

Cumprindo o combinado com Bradesco e Banco do Brasil, os acionistas minoritários da Cielo (CIEL3) rejeitaram nesta terça-feira (23) a realização de uma nova avaliação do preço das ações para fechar o capital da empresa de maquininhas de cartão.

Vale relembrar que, após muita especulação, Bradesco e Banco do Brasil lançaram em fevereiro uma oferta pública (OPA) pelas ações da Cielo. Hoje os bancos possuem uma participação conjunta de 58,7% na empresa de maquininhas.

Inicialmente, Bradesco e BB ofereceram R$ 5,35 por papel na OPA. O valor representava um prêmio de 6,36% sobre as cotações na B3 no fechamento anterior ao anúncio da oferta, mas um grupo de investidores da companhia achou a cifra baixa.

Donas de mais de 10% do capital da Cielo, as gestoras Encore, Clave, Mantaro, Ibiuna, XP Gestão e AZ Quest pediram então a convocação de uma assembleia apenas com minoritários para discutir a realização de um novo laudo para embasar a oferta pública de aquisição.

No pedido para a elaboração do documento, os minoritários apresentaram outros dois preços potenciais por ação. Um deles era de R$ 7,89 e o segundo, de R$ 8,61 por ação.

Os detalhes do acordo entre as gestoras e os bancos que investem na Cielo (CIEL3)

No dia da assembleia, porém, parte das gestoras e os bancos chegaram a um acordo. Encore, Clave, XP Gestão, AZ Quest, Vinland e Absolute se comprometeram a apoiar a OPA desde que Bradesco e BB subissem o preço para R$ 5,60.

O valor representa uma alta de 4,67% ante a oferta original e uma avaliação de R$ 15,2 bilhões para a Cielo.

Com isso, as casas se comprometeram a solicitar a suspensão dos trabalhos daquele encontro para os demais acionistas minoritários analisassem o novo preço.

A assembleia foi retomada hoje, com os investidores deliberando pela rejeição do novo laudo de avaliação das ações. Ou seja, agora a oferta pode seguir em frente desde que os bancos mantenham o valor acordado… leia mais em Seu Dinheiro 23/04/2024