Ao longo de mais de duas horas, os executivos da Americanas (AMER3) apresentaram e detalharam o plano de recuperação judicial da companhia, das fraudes descobertas e traçaram os planos da companhia para os próximos anos.

Após praticamente um ano de espera, a empresa informou os números do balanço de 2021 e 2022, nesta quinta-feira (16), deixando, para o final deste ano, os números de 2023, equivalentes aos nove primeiros meses.

Um dos passos para o atingimento das metas financeiras (guidaces) até 2025, conforme divulgado mais cedo, parte da premissa, por parte da diretoria, de que o plano de recuperação judicial será aprovado em 2023 e homologado no início de 2024.

Americanas (AMER3) descarta venda da Ame

Segundo a diretora financeira da Americanas (AMER3), Camille Faria, a expectativa é por um aporte de R$ 24 bilhões na companhia, vindo dos acionistas e da renegociação com credores.

A empresa espera conseguir, com esse valor (R$ 24 bilhões), virar o patrimônio líquido, para o positivo”, disse ela, durante teleconferência com analistas e investidores.

Segundo a executiva, os credores com dívidas de até R$ 12 mil poderão receber – no contexto da homologação da RJ – os valores de forma integral, em parcela única.

Caso contrário, a empresa prevê eles ingressando na oferta geral, com desconto de 80% e pagamento em 20 anos, com valores atualizados pela TR.

Assim, os credores que aceitarem as condições terão seus créditos recomprados em um leilão reverso, com desconto de 70%.

“A Americanas trabalha com a premissa de ter quase R$ 5 bilhões em descontos de dívida”, acrescentou ela.

Americanas (AMER3): venda de ativos

Ainda na apresentação, o presidente da companhia, Leonardo Coelho, disse que a companhia não pretende se desfazer das redes Uni.co e Natural da Terra a “qualquer preço”.

Segundo ele, as duas controladas não entrarão em “liquidação”. “Se acharmos preço certo, vamos estudar, caso contrário, elas usufruem de todo pacote de transformação da Americanas”.

Em relação a Ame, Coelho reforçou que a companhia não pretende se desfazer desta operação. Isso porque, segundo ele, faz parte do ecossistema de conexão entre as lojas físicas e as operações online.

Enquanto isso, o executivo ressaltou que a companhia estuda como e quando buscará os devidos ressarcimentos pelos prejuízos causados pela fraude… leia mais em InfoMoney 16/11/2023