A empresa de energia Eneva enviou no domingo uma carta para a Vibra (ex-BR Distribuidora), de distribuição de combustíveis, para propor uma fusão entre as duas, que teriam a mesma participação na nova companhia combinada, operação conhecida como “merger of equals”, apurou o Valor com fontes a par do assunto.

A ideia da transação foi feita pela gestora Dynamo, que é acionista das duas companhias. A informação foi publicada em primeira mão pelo Brazil Journal.

Eneva propõe fusão com Vibra

A Eneva confirmou a existência das negociações mais tarde, por meio de fato relevante. A nova empresa nasce com um valor de mercado da ordem de R$ 50 bilhões e vai se tornar a terceira maior de energia de capital aberto difuso, atrás da Petrobras e da Eletrobras. Fontes afirmam que a nova empresa terá liquidez diária de R$ 300 milhões.

A relação de troca proposta de 50% para cada lado está em linha com a média que as empresas negociaram nos últimos seis meses. Na B3, o valor de Vibra é de R$ 25,8 bilhões, superior aos R$ 20,7 bilhões da Eneva… leia mais em Valor Econômico 26/11/2023

ENEVA S.A. FATO RELEVANTEEnvio de Proposta Não-Vinculante para Fusão de Iguais com Vibra Energia S.A.

Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2023 Eneva Companhia , em atendimento ao disposto no artigo 157, § 4.o da Lei n.o 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e na Resolução CVM n.o 44, de 23 de agosto de 2021, informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que submeteu, na data de hoje , uma proposta não-vinculante de combinação de negócios ao Conselho de Administração da Vibra Vibra (B3: VBBR3), cuja cópia consta anexa Proposta

A Proposta contempla a incorporação de ações da sociedade Eneva pela Vibra ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo pelas companhias, de forma que o conjunto de acionistas de cada companhia, ao término do processo, passe a deter 50% do total das ações da companhia combinada.

Conforme detalhado na Proposta, a Eneva entende que uma fusão de iguais com Vibra representa uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias , e, se efetivada, poderá implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital. Para isso, será proposta uma estrutura de governança robusta e equilibrada, com contribuições de lado a lado, de forma que a estrutura corporativa e administrativa da companhia combinada garanta a adequada integração das atividades da Eneva e da Vibra, a maximização das sinergias, a valorização dos colaboradores e o melhor aproveitamento das forças e dos talentos das companhias, resultando em uma empresa vitoriosa.

A Eneva ressalta que, até o momento, inexiste qualquer acordo assinado relativo à operação proposta e manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre este assunto na forma da lei e da regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários CVM. A implementação da combinação de negócios está condicionada às condições precedentes usuais para transações da mesma natureza.

Por fim, a Companhia registra que, caso implementada nos termos da Proposta, a potencial operação com Vibra não implicará em direito de recesso para os acionistas da Eneva.

A Companhia reitera seu compromisso de manter os acionistas e o mercado em geral informado a respeito da potecial operação. Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2023 Marcelo Campos HabibeDiretor Financeiro e de Relações com Investidores. Leia mais em Eneva 26/11/2023