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A viabilidade de um processo de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) pode ser colocada em risco se não contar com um plano de comunicação consistente para evitar “ruídos”, segundo avaliam especialistas em negócios do tipo. As boas práticas recomendam absoluta transparência em uma transação por natureza complexa e a construção de uma narrativa unificada, para que não haja assimetria de informações divulgadas aos atores impactados.

Na fusão entre a Sinqia e a Evertec, o plano de comunicação foi concebido dois meses antes do início da operação, que se desenrolou entre julho e novembro deste ano, abrangendo três etapas e a divulgação de informações internas e externas por diversos canais de comunicação. Especializada em serviços de adquirência e de pagamento e em gestão de processos comerciais, a porto-riquenha Evertec opera na América Latina, tem presença nos Estados Unidos e está ingressando no mercado brasileiro. A Sinqia, por sua vez, é uma fornecedora nacional de software para aplicação na área financeira.

“Realizamos lives entre os presidentes das duas empresas para esclarecer dúvidas dos colaboradores”, exemplifica João Carlos Bolonha, vice-presidente de pessoas, produtos, tecnologia e vendas da Sinqia. Além da complexidade de engajar diferentes públicos, Bolonha aponta a produção de material de divulgação em inglês, espanhol e português como grandes desafios da estratégia de comunicação.

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Em junho, a Suzano concluiu a aquisição do negócio de tissue (papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos, lenços e outros produtos de papel) da Kimberly-Clark Brasil. A área de relações com os investidores (RI) disparou três comunicados ao mercado: dois deles em outubro do ano passado, sobre a intenção de compra, e outro em junho de 2023, de desfecho da operação, logo após aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)… leia mais em Valor Econômico 12/12/2023