A ação do Pão de Açúcar dispara 11% na bolsa, na segunda sessão consecutiva de alto volume de negociação. Quem está raspando o mercado na compra do papel é a gestora SPX e a GTF Capital, firma de investimentos de Rafael Ferri, ex-sócio do TC, apurou o Pipeline. Os dois movimentos não são coordenados entre os dois grupos.

Uma compra relevante, num bloco de cerca de 20 milhões de ações, teve a SPX na ponta compradora, segundo fontes. A gestora carioca havia comprado ações no follow-on do Pão de Açúcar e já se aproxima de 7% a 8% do capital, estima um executivo, o que deve ser comunicado em breve ao mercado (investidores que passam de 5% tem sete dias para comunicar a posição à CVM).

Já na GTF as compras têm sido feitas de forma mais pulverizada. Boa parte do capital é do próprio Ferri, que é investidor no mercado financeiro e levantou capital recentemente com a venda de sua posição no TC, mas há outros investidores alocando em conjunto.

Esse grupo de investidores organizados pela GTF já tem quase 6% do Pão de Açúcar. A intenção é chegar a 10% do capital, o que vai depender de preço, e participar da assembleia na semana que vem indicando um nome para o conselho.

Procurado pelo Pipeline, Ferri confirmou a posição atual em ações da varejista.

A GTF não abordou Ronaldo Iabrudi, o ex-CEO do GPA que montou posição no follow-on, sobre o investimento e potencial coordenação de administração. O cálculo da firma é que, para chegar ao múltiplo dos pares, essa ação teria que subir seis vezes.

Os vendedores dos papeis estão pulverizados e não incluem o Casino desta vez, uma vez que os franceses têm lock-up até 13 de junho para a posição de cerca de 22,5%… leia mais em Pipeline 23/04/2024