Batizada com o nome turco da avó, a carioca Sálua Bueno se reconheceu foi na cozinha francesa. Desistiu do doutorado e da vida acadêmica para fazer uma imersão no país europeu e voltar com o plano do Amélie – uma inspiração da Bretanha para colocar as galettes e um pouco de charme em praças de alimentação de shoppings. O primeiro restaurante foi aberto há quase 10 anos no Shopping da Gávea, mas o ritmo do negócio aumentou recentemente. Hoje, são 10 unidades, em duas marcas, e Bueno quer um sócio investidor para alavancar a operação.

A Konver Capital é assessoria financeira na busca por um sócio para a holding Muguet, o lírio da boa sorte usado nos buquês das noivas francesas e distribuído no Dia do Trabalhador. Bueno não revela a cifra esperada, mas conta que o plano é levar a Muguet para um patamar de 100 a 160 restaurantes em cinco anos, entrando em São Paulo (capital e interior) e Brasília.

A Muguet não precisa de todo o capital para isso, já que, depois de testar o mercado com unidades própria, a operação hoje é composta por franquias – mas um sócio institucional pode trazer mais que cheque. “Já começamos um trabalho de integração das marcas na holding, para ganhar escala em marketing, por exemplo, e facilitar a administração, logística. Mas queremos smart money para ajudar a gente a mudar de patamar”, diz a fundadora.

O grupo tem outros três sócios executivos, Alessandra Fonseca, Tiago Haddad e Clara Daitelcvaig. Foi em plena pandemia que a fundadora apostou no Juliette, sua segunda marca, também com a pegada de bistrô. São três Juliette e seis Amélie em operação, perfil que a fundadora define como “franquia de alimentação de charme acessível”. Provocada por um cliente, Bueno aproveitou mais uma viagem ao seu destino preferido para novas referências, após um mergulho em Lyon.

Ter mais de uma marca é estratégico para atuação em shoppings, já que muitos empreendimentos que têm cláusulas restritivas em relação ao raio de unidades de um mesmo restaurante ou presença na concorrência. A holding emplacou o Amélie no Shopping Leblon e o Juliette no Rio Design, exemplo de onde a outra marca não poderia entrar. Bueno não descarta Bueno não descarta fazer jus às origens no processo de expansão e incluir a cozinha árabe no portfólio – mas essa é outra etapa.

A clientela é majoritariamente feminina e classe A/B. Apesar de não usar o apelo de cozinha saudável, o cardápio acaba atraindo quem toma mais cuidado com alimentação, diz Bueno (e sem dispensar a taça de vinho).

Hoje uma unidade padrão da franquia fatura em média R$ 200 mil, o que coloca sob a Muguet um giro de R$ 1,8 milhão. … leia mais em Pipeline 06/06/2023