KPMG aponta prioridade para o Conselho de Administração deste ano
A KPMG, por meio do ACI Institute, acaba de divulgar um documento que aborda as principais considerações da agenda do Conselho de Administração. O relatório traz nove temas prioritários, que devem ser levados em conta pelas empresas neste ano.
“O ambiente de negócios mudou dramaticamente no último ano, com uma maior instabilidade geopolítica, inflação crescente e a perspectiva de uma recessão global adicionadas à matriz de riscos macroeconômicos que as empresas enfrentarão em 2023. A crescente complexidade e interconectividade dos desafios emergentes torna ainda mais necessário o foco em processos holísticos de supervisão e gerenciamento de riscos”, diz o sócio em riscos e governança corporativa da KPMG e CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center do Brasil, Sidney Ito.
Seguem abaixo os principais tópicos apontados pela KPMG:
- Mantenha o foco em como são abordados as incertezas e os riscos geopolíticos e econômicos – Em 2023, espera-se que desdobramentos referentes a diversos temas continuem a aumentar as incertezas em âmbito global, como a guerra na Ucrânia, disrupções nas cadeias de suprimentos, escassez de energia na Europa.
- Monitore os planos da gestão para construir e manter a resiliência da cadeia de suprimentos – As empresas continuam a enfrentar obstáculos sem precedentes para assegurar o abastecimento — e a continuidade do negócio.
- Reavalie a estrutura de comitês de assessoramento ao conselho de administração e as responsabilidades pela supervisão de riscos – Muitos estão considerando se devem, ou não, reduzir a carga do comitê de auditoria para além de suas responsabilidades principais, transferindo riscos que estão sob supervisão desse comitê para outros.
- Mantenha as questões do ESG, incluindo o risco climático e as questões de diversidade, equidade e inclusão, nas discussões relacionadas a riscos e estratégia e monitore os desenvolvimentos regulatórios no Brasil e no mundo.
- Defina claramente se e quando o CEO deve se posicionar sobre questões sociais — Esses temas estão ganhando cada vez mais espaço nas discussões dos conselhos à medida que funcionários, clientes, investidores e stakeholders aumentam o escrutínio do posicionamento público das organizações e de suas lideranças.
- Aborde a segurança cibernética e a privacidade de dados de forma holística, como parte da governança de dados – As ameaças são dinâmicas e os impactos relacionados continuam a intensificar-se.
- Faça da gestão de talentos, do capital humano e da sucessão do CEO uma prioridade – A pandemia de covid-19 e as dificuldades crescentes para encontrar, desenvolver e reter talentos colocaram a gestão em destaque e mudaram a dinâmica da relação empregador e empregado.
- Envolva-se de forma proativa com acionistas, ativistas e outros stakeholders — Estes pressionam cada vez mais os conselhos de administração e a diretoria com relação ao desempenho da companhia e continuam a exigir maior transparência sobre a estratégia do negócio.
- Pense de forma estratégica sobre as questões de talento e diversidade no conselho de administração – Conselheiros, investidores, reguladores e demais stakeholders estão cada vez mais focados no alinhamento entre a composição do conselho de administração e a estratégia da empresa.
“Nesse ambiente operacional volátil e incerto, as demandas de funcionários, órgãos reguladores, investidores e outros stakeholders por mais transparência e divulgações mais completas — sobretudo em torno dos riscos climáticos e outros riscos ambientais, sociais e de governança (ESG) — continuarão se intensificando”, observa a sócia-diretora da KPMG e do ACI Institute, do Board Leadership Center no Brasil, Fernanda Allegretti.
Com informações da Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação (RV&A) 06/03/2023