A KPMG, por meio do ACI Institute, acaba de divulgar um documento que aborda as principais considerações da agenda do Conselho de Administração. O relatório traz nove temas prioritários, que devem ser levados em conta pelas empresas neste ano.

O ambiente de negócios mudou dramaticamente no último ano, com uma maior instabilidade geopolítica, inflação crescente e a perspectiva de uma recessão global adicionadas à matriz de riscos macroeconômicos que as empresas enfrentarão em 2023. A crescente complexidade e interconectividade dos desafios emergentes torna ainda mais necessário o foco em processos holísticos de supervisão e gerenciamento de riscos”, diz o sócio em riscos e governança corporativa da KPMG e CEO do ACI Institute e do Board Leadership Center do Brasil, Sidney Ito.

Apenas 14% dos membros de conselhos de administração são mulheres
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Seguem abaixo os principais tópicos apontados pela KPMG:

  1. Mantenha o foco em como são abordados as incertezas e os riscos geopolíticos e econômicos – Em 2023, espera-se que desdobramentos referentes a diversos temas continuem a aumentar as incertezas em âmbito global, como a guerra na Ucrânia, disrupções nas cadeias de suprimentos, escassez de energia na Europa.
  2. Monitore os planos da gestão para construir e manter a resiliência da cadeia de suprimentos – As empresas continuam a enfrentar obstáculos sem precedentes para assegurar o abastecimento — e a continuidade do negócio.
  3. Reavalie a estrutura de comitês de assessoramento ao conselho de administração e as responsabilidades pela supervisão de riscos – Muitos estão considerando se devem, ou não, reduzir a carga do comitê de auditoria para além de suas responsabilidades principais, transferindo riscos que estão sob supervisão desse comitê para outros.
  4. Mantenha as questões do ESG, incluindo o risco climático e as questões de diversidade, equidade e inclusão, nas discussões relacionadas a riscos e estratégia e monitore os desenvolvimentos regulatórios no Brasil e no mundo.
  5. Defina claramente se e quando o CEO deve se posicionar sobre questões sociais — Esses temas estão ganhando cada vez mais espaço nas discussões dos conselhos à medida que funcionários, clientes, investidores e stakeholders aumentam o escrutínio do posicionamento público das organizações e de suas lideranças.
  6. Aborde a segurança cibernética e a privacidade de dados de forma holística, como parte da governança de dados – As ameaças são dinâmicas e os impactos relacionados continuam a intensificar-se.
  7. Faça da gestão de talentos, do capital humano e da sucessão do CEO uma prioridade – A pandemia de covid-19 e as dificuldades crescentes para encontrar, desenvolver e reter talentos colocaram a gestão em destaque e mudaram a dinâmica da relação empregador e empregado.
  8. Envolva-se de forma proativa com acionistas, ativistas e outros stakeholders — Estes pressionam cada vez mais os conselhos de administração e a diretoria com relação ao desempenho da companhia e continuam a exigir maior transparência sobre a estratégia do negócio.
  9. Pense de forma estratégica sobre as questões de talento e diversidade no conselho de administração – Conselheiros, investidores, reguladores e demais stakeholders estão cada vez mais focados no alinhamento entre a composição do conselho de administração e a estratégia da empresa.

“Nesse ambiente operacional volátil e incerto, as demandas de funcionários, órgãos reguladores, investidores e outros stakeholders por mais transparência e divulgações mais completas — sobretudo em torno dos riscos climáticos e outros riscos ambientais, sociais e de governança (ESG) — continuarão se intensificando”, observa a sócia-diretora da KPMG e do ACI Institute, do Board Leadership Center no Brasil, Fernanda Allegretti.

Com informações da Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação (RV&A) 06/03/2023