A gestora americana Tiger Global, que investe em unicórnios como a Bytedance, dona do TikTok, e a varejista Shein, está com dificuldades para levantar recursos para o seu 16º fundo de venture capital. Depois de tentar (e não conseguir) vender ativos do seu portfólio de forma empacotada, a instituição partiu para o plano B: colocá-los à venda separadamente.

Segundo informações do Pitchbook, a gestora chegou a contratar a firma de assessoria financeira Evercore para apoiar as transações e conseguir maior liquidez, em uma tentativa de driblar a dificuldade para fazer o desinvestimento via IPO ou com a venda para um comprador estratégico.

A Tiger, que administra mais de US$ 60 bilhões, pretendia levantar US$ 6 bilhões para o seu novo fundo, mas atingiu menos da metade em oito meses, ao somar US$ 2,7 bilhões, diante de um cenário em que o elevado nível da taxa de juros afeta o valuation das empresas em crescimento. No ano passado, a gestora teve que fazer uma remarcação em seu portfólio de venture capital que resultou em uma queda de 33% do valor dos ativos, em cerca de US$ 23 bilhões.

O plano B da Tiger Global para levantar recursos

Entre as companhias de estágio avançado que fazem parte do portfólio da Tiger, além de Bytedance e da Shein, há nomes como o unicórnio de softwares Databricks, o banco digital britânico Revolut e a fintech Brex, fundada pelos brasileiros Henrique Dubugras e Pedro Franceschi. Só em 2021, a instituição investiu em 315 empresas.

A gestora ainda tem outras startups brasileiras no portfólio, como a Swap, plataforma de banking as a service; Zippi, fintech de crédito; e a Wati, startup que desenvolveu uma solução para otimizar a gestão do Whatsapp Business leia mais em Pipeline 19/06/2023