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O segundo ano consecutivo sem estreias na bolsa brasileira, um importante pilar na atividade de banco de investimento, deixou uma marca nas receitas das instituições financeiras que atuam no Brasil. Dados da consultoria Dealogic, que coleta dados desse mercado, mostra que as receitas (o chamado “fee pool”, no jargão do mercado) caíram 27% no ano em relação a 2022, para US$ 666 milhões, considerando os dados até o fim da primeira semana de dezembro.

A queda se dá sobre base já mais baixa, uma vez que, no ano passado, as receitas tinham se retraído 42% ante 2021. Os dados abarcam as fontes típicas de bancos de investimento: ofertas de ações, emissão de dívida local e externa e transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). O valor deverá ser o mais baixo em cinco anos, ainda de acordo com a Dealogic.

‘Seca’ de IPOs drena receita de bancos de investimento
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Banqueiros de investimento citam que esse ambiente mais desafiador não é um fenômeno exclusivo do Brasil, diante de um cenário de juros mais altos nos Estados Unidos, o que impôs um maior grau de complexidade ao mercado. Agora, com um consenso de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, dará partida ao ciclo de corte de juros em 2024, abre-se um cenário mais otimista para os principais ramos do negócio. “Eu vejo um ano de recuperação relevante nas receitas em 2024 em todas as linhas de banco de investimento, no mundo inteiro, e o Brasil também vai se beneficiar”, afirma o corresponsável pelo banco de investimento do Bank of America (BofA) no Brasil, Bruno Saraiva… leia mais em Valor Econômico 22/12/2023