153 empresas de foodtech e agtech na América Latina captaram recursos no ano passado. Comparado a 2020, a região aumentou 183% no investimento em tecnologia agroalimentar.

As startups focadas no mercado de carbono levantaram US$ 150 milhões em 2022, representando 10% do total captado no mercado AgriFoodTech na América Latina. É o que aponta o relatório de investimento elaborado pela gestora americana AgFunder em parceria com a Alianza Team, BASF, Cibersons e SP Ventures, maior gestora de Venture Capital no segmento de tecnologias para o agronegócio da América Latina e a segunda maior dos mercados emergentes.

No Brasil, quatro startups que se dedicam à tecnologia de carbono trabalharam em 2022 na restauração ecológica, calculando e concedendo compensações de carbono como parte de suas atividades. São elas: Re.green, Carbonext, Mombak e Moss.

Investimento coletivo em créditos de carbono

O relatório também destaca que o Brasil lidera de longe como o país que mais recebeu aporte em startups de AgFoodtech na América Latina, representando quase 50% do montante total investido nesse segmento. Entre 2018 e 2022, foram investidos um total de US$ 765 milhões no Brasil. Em seguida, Colômbia e México aparecem como países com uma quantidade significativa de investimentos nesse setor.

Ainda segundo a análise, 153 empresas de Agtech e Foodtech na América Latina conseguiram captar recursos no ano passado. Comparado a 2020, a região registrou um aumento de 183% no investimento em tecnologias de ponta a ponta na cadeia agroalimentar.

O estudo revela que o financiamento de startups em AgriFoodTech na América Latina representa 5% do mercado global. Em 2022, foram levantados US$ 29,6 bilhões para iniciativas nesse setor. As companhias focadas no mercado Ag&Food conseguiram captar US$ 1,7 bilhão em financiamento no mesmo ano, representando uma queda de 39% em relação a 2021, quando foram atingidos níveis recordes.

Segundo a pesquisa, as startups de eGrocery e Cloud Retail Infrastructure – aquelas que permitem a entrega de alimentos em casa – foram as duas categorias que receberam mais investimento. O relatório indica que soluções sistêmicas, incluindo insurtech, fintech, logística e produtos biológicos, receberam mais atenção dos investidores neste ano do que anteriormente, com uma mudança em direção à “agricultura digital” pura.

Mercados & Fintechs

Segundo o estudo, houve um aumento de 73% no total investido na categoria de Ag Marketplaces e Fintechs em 2022. Essas startups têm como objetivo disponibilizar uma ampla variedade de insumos e ferramentas de financiamento para os agricultores. No total, foram investidos US$ 191 milhões nessa categoria, o que representa um aumento de US$ 81 milhões em comparação com o ano de 2021. Entre as empresas que receberam investimentos, há cinco startups que atuam no Brasil e uma no Uruguai, são elas: Agrolend, Terra Magna, Seedz, Traive, Grão Direto e Marco.

O estudo também destaca as categorias que tiveram o maior número de negócios fechados. Entre elas, estão os Marketplaces e fintechs do agronegócio, as startups focadas em Conservação/Carbono e os Softwares de gestão de fazendas. Essas categorias se destacaram como as mais ativas e promissoras em termos de quantidade de negócios no setor.

Sobre a SP Ventures

A SP Ventures é uma das gestoras de Venture Capital mais estabelecidas do país, com mais de 10 anos de experiência no mercado. Concentrando seus investimentos em soluções que abrangem toda a cadeia, desde o campo até a mesa, a empresa é conhecida por sua especialização nos setores de agronegócio e alimentos. Atualmente, a SP Ventures está alocando um fundo de R$ 300 milhões, contando com a participação de importantes multinacionais do setor agro, como BASF, Syngenta, Yara, Mosaic, Adisseo e Bunge. Além disso, o fundo atrai investidores financeiros, como o FoF Capria, líder em Venture Capital nos mercados emergentes, que conta com investidores âncoras como Bill Gates, Paul Allen e a Ford Foundation, e a BID Labs, braço de Venture Capital e inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Além do mercado brasileiro, a SP Ventures também tem foco em países como Argentina, Chile, Colômbia e México, que são considerados importantes para suas atividades. Ao longo de sua trajetória, a SP Ventures já investiu em mais de 30 empresas inovadoras e com alto potencial de crescimento. A empresa busca ativamente por empresas disruptivas capazes de agregar valor em um mercado altamente competitivo, como o do agronegócio e de alimentos. Além do retorno financeiro, a SP Ventures tem como objetivo criar uma cadeia de agronegócio mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas, promovendo assim um impacto positivo no setor.

Com informações  da FirstCom Comunicação 03/08/2023