Depois de lançar um primeiro fundo de US$ 111 milhões em março, a firma de venture capital da multicampeã Serena Williams, a Serena Ventures, quer captar novamente em breve. Parte dos recursos será reservada para investimentos em países africanos e na América Latina, contou a lenda do tênis em painel da Expert XP nesta quinta-feira. O Brasil, prometeu, vai ganhar atenção especial.

Focado em early stage, o fundo já investiu em 160 empresas, sendo 68% fundadas por mulheres, pretos, pardos e asiáticos, em um portfólio que conta com 13 unicórnios – como a rede de cafeteria indonésia Kopi Kenangan e a fintech americana Esusu, que reporta dados de aluguel aos birôs de crédito para criar score de quem estava fora do sistema financeiro. O fundo já realizou lucro com ao menos seis saídas, incluindo a healthtech de vitaminas Olly e a fabricante de produtos para depilação Billie, vendida à P&G.

O desejo de apoiar fundadoras acompanha Williams desde a infância, mas ganhou força durante uma conferência do J.P. Morgan, há cinco anos, quando ela descobriu que menos de 2% dos recursos de venture capital são destinados a empreendedoras.

Das quadras ao venture capital
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“Eu acredito que os melhores fundadores são aqueles que resolvem uma dor pela qual passaram ou que impactou alguém importante em suas vidas”, disse Williams. “Quando o mercado mudar, o que você vai fazer? Se não é algo que está conectado ao seu propósito, dificilmente vou apoiar esta ideia.”

Ao longo de sua brilhante carreira, a atleta prestava atenção à atuação de grandes companhias que patrocinavam colegas e pagavam por publicidade na lateral das quadras. Para estruturar os investimentos, a tenista fez uma imersão no Vale do Silício e se apaixonou pelo mundo das startups. No early stage, diz Williams, era mais fácil causar impacto, não só financeiro. Desde então, são nove anos atuando no mercado de venture capital… leia mais em Pipeline 04/08/2022