O ambiente de juros elevados tem desafiado o setor financeiro da América Latina. A Fitch Ratings acredita que instituições de pequeno porte podem estar mais vulneráveis e buscar fusões ou se tornarem alvos de aquisições. Embora a consolidação possa aumentar o risco sistêmico, atualmente esta não é uma preocupação, pois a situação do setor financeiro varia entre os países, assim como a inclusão financeira de cada nação.

O setor bancário no Brasil se diversificou na última década devido à tecnologia digital e a uma crescente base de varejo, reduzindo a participação das cinco principais instituições.

Enquanto o crescimento dos bancos digitais está se estabilizando no Brasil, em países como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México, as fintechs ainda estão surgindo e evoluindo. O México está vivenciando um rápido desenvolvimento dos bancos digitais, com iminente entrada de mais players nos próximos anos.

Os bancos tradicionais de Brasil e México estão investindo em tecnologia e em parcerias com fintechs e reduzindo o número de agências físicas.

A pandemia acelerou a digitalização do sistema financeiro na Colômbia e no Peru, com o setor de fintechs crescendo rapidamente. No Peru, a maioria dos bancos possui uma fintech, enquanto na Colômbia, algumas fintechs agora são reguladas.

A Argentina, com abordagem regulatória intervencionista, provavelmente terá maior consolidação de mercado, pois o novo governo, pró-mercado, pode encorajar fusões e aquisições.

O Chile tem elevadas barreiras de entrada e menos participantes, mas dois novos bancos digitais estão prontos para entrar no mercado. No Panamá, grandes bancos dominam os serviços digitais, e bancos menores estão adotando métodos de pagamento de seus pares de maior porte para manterem-se competitivos… saiba mais em Monitor Mercantil 15/06/2024