A megafusão entre Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3) foi aprovada sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), conforme recomendação da Superintendência Geral da autarquia antitruste anunciada há cerca de duas semanas. Desde então, a aprovação já era esperada, uma vez que não havia um terceiro interessado inscrito para se opor à combinação dos negócios.

A fusão cria uma operadora com 14 milhões de usuários de planos de saúde e dental, o que representa 18% desses mercados. A combinação dos negócios teve a seu favor o fato de que as companhias são similares, mas atuam em praças distintas. Hapvida está presente no Norte e Nordeste, enquanto Intermédica é forte no Sudeste. A sobreposição ocorre apenas em algumas cidades de Santa Catarina e Minas Gerais.

O fechamento da fusão deve ocorrer no começo de fevereiro. A partir dessa data, as companhias começam a trabalhar na captura de sinergias. Somente na linha de despesas gerais, a economia pode ficar na casa dos R$ 500 milhões, segundo estimativas iniciais do Credit Suisse.

Leia também demais posts relacionados a Hapvida no Portal Fusões & Aquisições.

Esses valores devem ser revisados para cima, pois havia uma expectativa de que o Cade aplicasse algum remédio nas regiões com sobreposição. “A aprovação sem restrições cria potencial sobre nosso cenário-base que previa remédios impactando 170 mil vidas (cerca de 2% do portfólio combinado)”, segundo relatório do Citi, assinado por Leandro Bastos. “Agora, esperamos maior detalhamento das oportunidades de sinergias.”… leia mais em Valor Investe 05/01/2022