Em fevereiro deste ano, a Advent assinou um cheque de R$ 1,35 bilhão em troca de uma fatia de 25% da Tigre, grupo brasileiro de tubos e conexões. O investimento bilionário jogou luz sobre uma área que, muitas vezes, é ofuscada no portfólio da gestora: o setor industrial.

O fato de chamar menos atenção não significa, porém, que o segmento não tem peso dentro das teses da Advent, dona de um portfólio global com mais de US$ 80 bilhões sob gestão. Ao contrário. Ele está entre as cinco prioridades da gestora, ao lado de serviços financeiros, varejo, saúde e tecnologia.

Definitivamente esse não é o setor mais cool, especialmente agora, onde estamos vendo um alto interesse em segmento como tecnologia“, diz Manuel Garcia Podestá, managing director responsável pelos investimentos da Advent nesa área na América Latina, ao NeoFeed. “Há muito legado, mas, ao mesmo tempo, há muitas oportunidades de disrupção nas cadeias de valor e nuita inovação acontecendo nesse espaço”. afirma.

O Brasil e a América Latina, região na qual a gestora já aportou cerca de US$ 8 bilhões, são um exemplo dessa relevância. Além da Tigre, o portfólio industrial da Advent nesses mercados inclui ativos como a mexicana Viakem, fabricante de agroquímicos.

Outra peça dessa carteira é a GTM, distribuidora de produtos químicos da Guatemala que, sob o controle da Advent, vem mantendo uma agenda intensa internacionalização e de M&As. O último deles, concluído em março, envolveu a fusão com a europeia Caldic, controlada pelo Goldman Sachs.

Indústria: um setor cada vez mais "sexy" para a Advent
Imagem/Advent

Estivemos bastante ativos nos últimos dois, três anos, e nosso apetite continua”, afirma Podestá, sobre as ambições da Advent na América. Ao NeoFeed, entre outros temas, ele fala dos critérios e tendências que estão guiando interesse na região… leia mais em NeoFeed 31/03/2022