Você pode ir num restaurante, num evento ou numa praça, e vai encontrar lá: crianças sendo distraídas pelas telas de celulares.

O fenômeno não é condicionado às crianças, obviamente. Também é muito comum encontrar adultos, mesmo em grupos, mergulhados individualmente em suas telas. A discussão para as crianças, porém, é outra. Já que está cada vez mais difícil afastá-las das telas, dá-se um passo além no debate. Afinal, o que elas estão consumindo por ali?

A empresa utiliza inteligência artificial em conjunto com talentos humanos — escritores, ilustradores e pedagogos — para criar livros interativos e personalizados que pretendem fazer da leitura a escolha número um de entretenimento e educação entre as crianças.

Para a sua criação e desenvolvimento inicial, a startup acaba de divulgar um aporte de 8 milhões de reais, numa rodada pré-seed liderada pela gestora de venture capital Canary, com participação dos fundos Positive Ventures e executivos sêniores de grandes empresas.

Pesquisas ao redor do mundo relacionam baixos índices de leitura e um impacto negativo no desenvolvimento do imaginário, senso crítico e capacidade cognitiva das crianças”, diz Louis Markham, empreendedor por trás do negócio. “Existe um grande desafio em incentivar esse público a ler por causa da competição com as novas tecnologias. Não queremos lutar contra elas, e sim utilizá-las para trazer a leitura de volta à rotina de forma lúdica e interessante”.

A startup acaba de passar por uma fase de testes que durou quatro meses. Agora com o negócio validado, vão estudar como faturar com a tecnologia. No segundo semestre, deve ser lançado um serviço adicional pago. Até agora, tudo no app é gratuito.

“Estamos motivados a começar a jornada da Yuna aqui, num país que perdeu 4,6 milhões de leitores em quatro anos e no qual 66% dos estudantes não lêem textos com mais de dez páginas”, afirma. “O impacto que podemos ter é enorme e nos motiva a trabalharmos para tornar a leitura a escolha ‘número um’ das crianças para se divertirem e aprenderem”…. leia mais em Market Insider 29/04/2024