As transações em 2021 continuam focadas em recalibrar a estratégia e acelerar a adoção da tecnologia na esteira da Covid-19. Com a redução das incertezas, as lideranças empresariais estão confiantes em uma forte recuperação econômica. Os indicadores macroeconômicos, como taxas de PIB positivas e os elevados índices de preços ao consumidor, prometem crescimento – aguçando ainda mais o apetite por fusões e aquisições (M&A)

Na 24ª Pesquisa Anual Global de CEOs da PwC (Fev/2021), 76% das lideranças executivas (CEOs) disseram esperar uma melhora no crescimento econômico global em 12 meses. Sem se intimidar com as preocupações macroeconômicas em torno da inflação e fatores geopolíticos – como política tributária, protecionismo e maior controle regulatório –, os executivos parecem ver mais claramente onde há oportunidades de criar valor com os portfólios atuais e se concentram em estratégias de M&A para acelerar o crescimento, ganhar escala e apostar na digitalização para reformular seus negócios.

Como resultado, as transações na área de tecnologia e outros recursos inovadores devem continuar tendo um preço superior. As taxas de juros estão sendo monitoradas com atenção, mas devem permanecer baixas pelo resto do ano, proporcionando acesso imediato a capital barato. O levantamento de fundos para o private equity (PE) tem sido rápida e, com mais de US$ 1,9 trilhão de volume de capital disponível para investimentos, seu poder de compra, junto com o capital de outros mercados privados, nunca foi tão alto. Enquanto a criação de novas sociedades de aquisição de propósito específico (SPACs, na sigla em inglês) está parada, o grande número das existentes – quase 400 – ainda não encontrou seu alvo. Isso significa que há cerca de meio trilhão de dólares, em dinheiro e alavancagem, disponíveis para futuras transações.

Ritmo das fusões e aquisições até 2022

Essa abundância de capital provavelmente ditará o ritmo das fusões e aquisições até 2022 e pode colocar os compradores corporativos de PE e SPAC em rota de colisão, disputando para adquirir tecnologia, recursos e outras fontes de vantagem. A competitividade do mercado reflete um entendimento crescente entre as lideranças empresariais de que gerar valor requer mais do que cortar custos. Elas estão dispostas a pagar mais por sinergias de receita para alimentar o crescimento de longo prazo. No entanto, à medida que os preços sobem e há uma pressão cada vez maior para fechar negócios, será preciso conhecer os riscos de pagar demais.Leia mais em pwc 15/10/2021