O ano de 2020 não será lembrado somente pela pandemia do novo coronavírus. Ele ficará marcado também como o ano em que o mundo finalmente tomou medidas decisivas para solucionar os problemas acarretados pela mudança climática, bem como passou a se mover na direção de um futuro mais verde

Desde o começo do ano, venho recebendo inúmeros e-mails e mensagens no Instagram com dúvidas sobre investimentos globais, mais precisamente sobre em quais setores investir em 2021.

Essas dúvidas recorrentes me provocaram a escrever um relatório bem completinho para os assinantes da Spiti, compilando as minhas últimas conversas com gestores de investimentos, economistas e investidores globais sobre quais eles acreditam ser as novas tendências de mercado.

Quando se trata de participantes do mercado, quase nunca há um consenso, pois cada um tem suas teses de investimentos e suas análises. Mas, desta vez, chegamos a um consenso: ESG.

O ESG avalia as operações das principais empresas conforme os seus impactos em três eixos da sustentabilidade: o meio ambiente, o social e a governança. A medida oferece mais transparência aos investidores sobre as empresas nas quais estão investindo.

Métricas ambientais ajudam a entender o relacionamento da empresa com o mundo e os recursos naturais e avalia como as companhias atuam na gestão do meio ambiente.

Já as métricas sociais examinam se a organização viola direitos humanos universais, monitorando as relações da empresa entre trabalhadores, fornecedores e comunidades onde atuam – aqui entra a questão de igualdade de gênero e raça.

Por fim, a avaliação da governança envolve práticas de gestão empresarial ligadas ao combate à corrupção e ao compliance. Companhias com boa governança corporativa são mais confiáveis e menos propensas a ceder à corrupção ou coerção.

Nas conversas que tive, ficou claro que mudanças climáticas tendem a se tornar um tema e um fator importante na corrida global pelo poder.

A Europa e a China promoverão esforços verdes estratégicos, como a energia do hidrogênio, e os Estados Unidos provavelmente participarão dessa “competição”, seja pela busca de domínio geopolítico, por boas intenções, seja apenas pela necessidade de preservar recursos limitados.

Com isso, a onda verde se transformou em um tsunami, como indicam os seguintes fatos extraídos do artigo sobre o tema publicado pela gestora de investimentos global PIMCO no fim de 2020:…..

….A partir da ótica de economia verde, os temas digitais e sustentáveis são os principais alvos quando olhamos as tendências seculares e fiscais atuais mais relevantes, criando oportunidades para nós, investidores e investidoras.

Os ativos que apresentam vertente verde e digital tendem a se sair bem nos próximos anos, já que essas áreas são os pilares que sustentam alguns dos modelos de maior crescimento no mundo. Os temas listados abaixo oferecem oportunidades de crescimento estrutural de longo prazo:

1. E-commerce;
2. Avanços genômicos;
3. Máquinas inteligentes (robótica);
4. Novas finanças (blockchain);
5. Dados exponenciais (machine learning);
6. Mudanças demográficas;
7. Escassez de recursos.

Por fim, como ótica de investimentos vale a pena pensarmos no futuro da tecnologia e no que isso significa para nós, no âmbito de uma economia mais verde com um pilar de inovação como foco principal. Por Francine Balbina Leia mais em infomoney 21/01/2021