Depois de fundar a corretora Rico, após longa jornada na Link, e criar a fintech Grão, Monica Saccarelli mudou de cadeira, de empreendedora para investidora. Ela é a nova sócia da gestora de venture capital Domo.VC. A aproximação da casa já era antiga, no que começou com uma sondagem para Saccarelli compor o time – mas ela ainda queria empreender e a Domo acabou sendo uma das investidoras da Grão.

A fintech foi vendida ao Grupo Primo há dois anos, ela seguiu como executiva do grupo e sócia da gestora de fundos, atualmente com R$ 700 milhões sob gestão. “Eu continuo como acionista, mas já saí do institucional e agora quero usar minha experiência de empreendedora para ajudar outros empreendedores, para apoiar o portfólio da Domo”, conta.

A firma tem pouco mais de 110 investidas, com sete sócios na partnership, e está preparando seu quinto fundo de venture capital. “Na captação e nos investimentos desse novo fundo, a Monica vai agregar o histórico que tem em finanças e em marketing”, diz Rodrigo Borges, sócio-fundador da Domo. “E ela já conhecia a gestora como empresa investida, o que é importante sobre saber nossa forma de trabalhar e tem encontrado alinhamento nisso.”

Os dois descrevem a Domo como a gestora que está ao lado do founder “na alegria e na tristeza”. “Se vemos que uma empresa não vai conseguir o crescimento que esperava, temos que pensar os caminhos, seja uma fusão, seja uma venda, uma nova vertical”, diz Borges. “A gente tinha muito essa conversa do que está funcionando e do que não está”, diz Saccarelli.

Até agora foram três fundos para fase seed e um anjo com o BNDES, somando R$ 550 milhões em AUM. O novo veículo da Domo deve ser da ordem de R$ 250 milhões, com um primeiro closing no segundo semestre. Apesar de a liquidez no mercado não estar em patamares de dois anos atrás, a firma vê uma melhora no cenário… leia mais em Pipeline 04/04/2024