Nos últimos 15 dias, o setor hospitalar assistiu a três grandes transações que vão impactar o desenho desse mercado, considerado o mais rentável dentro de saúde.

Há entrada de novos investidores no setor, parcerias entre concorrentes capitalizados, venda de ativos e redução de alavancagem — esse último a pedra no sapato de muitos grupos de saúde.

Nesta quarta-feira (22), a Oncoclínicas anunciou um aumento de capital de R$ 1,5 bilhão que marca a estreia do Banco Master na área da saúde. Ao mesmo tempo, o Master é conhecido por trabalhar em parceria com o empresário Nelson Tanure que, recentemente, entrou nesse mercado com a aquisição da empresa de medicina diagnóstica Alliança (ex-Alliar) e que, por sua vez, já deixou claro que dará outros passos largos no setor de saúde.

No fim do ano passado, Tanure tentou comprar a Amil, mas foi vencido pelo empresário José Seripieri, mais conhecido como Júnior.

Semana passada, a Dasa anunciou que a família Bueno, controladora da companhia, injetou R$ 1,5 bilhão ao caixa. É uma operação atrelada a um aumento de capital que deve ser feito até o fim desse ano ou antes se a empresa conseguir vender um dos seus ativos por pelo menos R$ 2,5 bilhões.

Segundo fontes, a Dasa negocia a venda de uma fatia minoritária da medicina diagnóstica para um investidor estrangeiro.

No começo do mês, a Rede D’Or e a Bradesco Seguros — que estavam se estranhando por atuarem nos mesmos mercados (hospitalar e seguro saúde) — surpreenderam o mercado ao se juntaram para criar uma empresa de hospitais, Atlântica D’Or. Esse novo negócio começa a operar já no segundo semestre com três hospitais da bandeira São Luiz, em São Paulo e Rio, as principais praças do país… leia mais em Valor Econômico 23/05/2024